Apito, cartões e lápis, esse é o kit carregado pelo árbitro José Nazareno, o Naza. Ele participou do Programa do Avesso, da Rádio Som Maior onde falou sobre a profissionalização da arbitragem, polêmicas da carreira e cobranças que sofrem. Para ser arbitro é necessário ter completado o ensino médio e participar de cursos qualificatórios. Tornar a arbitragem profissional é um dos assuntos que chamam atenção.
"Tudo é profissional no esporte, menos o árbitro. Na Europa tem em alguns lugares, contando com profissionais que acompanham desde a alimentação e os treinamentos", afirmou. Por outro lado, ele acha difícil que isso aconteça no Brasil. “Futebol tem que ter a profissionalização do árbitro. Isso nunca vai acontecer. É caro e os clubes priorizam montar times do que investir em arbitragem”, completou.
Nazareno é arbitro desde 1997 e em 2005 atingiu o quadro da CBF, segundo ele, os comentaristas de Florianópolis criticavam sua forma física. Já teve partida que correu 20 km, perdendo 4,5 kg. Antes, chegou a fazer um jogo como bandeira e foi elogiado, mas largou a função.
Ele costuma apitar os principais jogos da região, tendo arbitrado a polêmica final do Praião. No início da carreira chegou a brigar com torcedores, já que o estádio não tinha alambrado. "Eu nunca tive medo de apitar em lugar nenhum. Sou respeitado por todos e apito os jogos difíceis da região", garantiu.
Confira o Programa do Avesso completo:
Como é da cidade, Nazareno nunca apitou jogos oficiais do Criciúma, apenas amistosos. Disse que apitava o futebol profissional sorrindo e se divertindo. Contou também que já pediu desculpas após analisar um lance no intervalo e falou sobre a tecnologia no futebol. "A TV ajudando depende do tempo. Eu acho que é bom mas tem a ser muito rápido".
Em 2009 Nazareno foi eleito o melhor árbitro de Santa Catarina, recebendo medalha de honra ao mérito e troféu. Segundo ele, com o tempo desenvolveu técnicas para melhorar a atuação, apitando na diagonal dos bandeiras.