A crise econômica desencadeada pela pandemia tem provocado desemprego, queda do poder aquisitivo e diminuição da renda dos brasileiros. A Fecomércio SC realizou uma pesquisa para compreender a percepção e o comportamento de compra do catarinense com o agravamento da pandemia a partir de março.
Conforme os dados, mais da metade dos consumidores não estava em isolamento no período: 52,1% deles estão saindo de casa para trabalhar, mas estão mantendo os cuidados, e 5,5% estão vivendo normalmente, sem mudar a rotina. Dos 42,4% que estão em isolamento total ou parcial, 37,2% sai de casa só quando é essencial.
Apesar de Santa Catarina ter uma posição diferenciada- com menos desemprego e renda mais alta em relação aos outros estados- os consumidores continuam cautelosos nas compras em lojas físicas. “Os dados apontam que os catarinenses estão dando preferência às compras essenciais, seja pelo orçamento mais apertado ou receio de contrair o vírus. Quase quatro em cada dez afirmaram que contraíram Covid-19 ou alguém de sua residência positivou. Estamos atuando desde o início da pandemia para que o comércio mantenha os rígidos protocolos de forma a garantir a saúde dos trabalhadores e clientes, além de ter um ambiente seguro para que os catarinenses voltem a consumir com confiança”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
Os dados foram levantados com 403 consumidores entre os dias 17 a 20 de março, nas cidades de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Joinville e Lages.
Comportamento de compras:
A maioria dos consumidores (95,5%) realizou compras em lojas físicas no período entre 01 a 17 de março.
Os principais itens comprados são considerados essenciais: alimentos e bebidas (97,1%) e medicamentos (51,2%).
Os dois itens também lideram o ranking de intenção de compras futuras em canais físicos, com 89,8% e 50,7%, respectivamente.
Dos não essenciais, destaque para os gastos com serviços de beleza (14,8%) e vestuário (9,9%).
Entre aqueles que não realizaram compras físicas no período apurado, a maioria tem média de idade de 50,7 anos. Apesar da doença estar acometendo também faixa etárias mais jovens e da vacinação dos idosos, os consumidores mais velhos ainda têm receio de se expor ao vírus.