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A taxa cobrada pela Casan para tratamento do esgoto de Criciúma estará em pauta logo no início de 2019. A proposta do prefeito Clésio Salvaro (PSDB) é que o Município abra mão de tentar reaver a compensação perdida em 2012, mas, em contrapartida, a empresa do Estado reduza o valor cobrado na fatura dos criciumenses.
“Estamos decididos, a partir de janeiro o novo enfrentamento será com a Casan e, se for o caso, Criciúma vai romper o contrato”, afirma o prefeito ressaltando que não acredita que se chegue a esse ponto. “Criciúma é o município que tem o melhor resultado para a Casan eles vão reaver essa base de cálculo”, acrescenta.
Atualmente o valor cobrado pelo tratamento do esgoto é de 100% em cima da fatura da água. Assim, que paga R$ 100 pela água tem outros R$ 100 acrescidos para o pagamento final. A intenção do prefeito é que esse percentual seja reduzido e toma como base a cidade de São Joaquim, que também abriu mão da compensação e hoje paga 60% do valor da água.
Compensação deixou de ser paga em 2013
No fim de 2012, ao fim do primeiro mandato, Salvaro assinou um novo contato com a Casan e a compensação ficou de fora. O valor corresponde a 7% do faturamento da estatal em Criciúma, que nos cálculos de hoje varia entre R$ 550 mil a R$ 560 mil mensais. “Todos os municípios que assinaram o contrato de programa com a Casan, à época, acabaram perdendo, mas alguns buscaram uma compensação e Criciúma não foi buscar, mas agora vou buscar essa compensação”, salienta Salvaro.
O prefeito relata que o Município não quer esse dinheiro. “Nós vamos abrir mão desse royalties, nós queremos é uma compensação no valor da fatura da rede de esgotamento sanitário”, reafirma. “Temos que rediscutir isso e o Município não vai abrir mão, vamos jogar duro, vamos jogar pesado, porque Criciúma está perdendo muito dinheiro”, enfatiza.
Criciúma bancando a conta
Para o prefeito, Criciúma não pode mais uma vez bancar as contas de outros municípios. “É só Criciúma que mais uma vez está bancando, está pagando a conta para municípios que são deficitários. Em Criciúma a Casan dá lucro, mas ela acaba pagando a conta de municípios que dão prejuízo. Então, o criciumense já pagou muita conta, nós pagamos a conta do Hospital Santa Catarina durante 20 anos e não vamos mais continuar pagando essa conta para a Casan”, defende.
