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JBS desenvolve tecnologia de proteína animal sem abate (VÍDEO)

A pesquisa será desenvolvida em Florianópolis no JBS Biotech Innovation Center

Por Giovana Bordignon Florianópolis, SC, 13/07/2022 - 09:43 Atualizado em 10/04/2023 - 15:27
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Visando suprir a necessidade alimentar da crescente população mundial, a JBS está investindo em um projeto de carne cultivada sem a necessidade de abate animal. Conhecida como proteína cultivada, a tecnologia aplica a proteína a partir de uma pequena amostra celular. A pesquisa será desenvolvida em Florianópolis no JBS Biotech Innovation Center. A cientista e vice-presidente da empresa, Fernanda Berti explicou a novidade.

Assista a entrevista completa no 60 Minutos: 

[o texto continua após o vídeo]

O processo se inicia a partir de uma amostra de células do próprio animal que é expandida em laboratório. Essa célula é multiplicada em uma unidade industrial, utilizando tecnologia de células animais para que ela expanda. “Essa tecnologia de carne cultivada é uma alternativa de acesso à proteína, não tem relação àqueles alimentos produzidos a base de vegetais, que não tem nenhum ingrediente de origem animal. A carne cultivada é carne”, frisou a cientista.

Segundo ela, o desenvolvimento da proteína é um esforço da companhia para garantir a disponibilidade dos alimentos às 10 bilhões de pessoas que estarão no planeta até 2025. “O principal objetivo é dar conta de alimentar a crescente população mundial e atender as novas tendências de consumo. Não vem como um investimento em substituição, ela vem como uma ampliação de portfólio, para dar opções ao consumidor”, ressaltou.

Diferente da carne comum, é possível personalizar a carne cultivada. O bife pode ser feito sem gordura, por exemplo, ou ter vitaminas adicionais essenciais em uma dieta alimentar. Além disso, o sabor é muito semelhante ao da carne comum, ao contrário das produzidas através de vegetais.

Como é produzida?

O processo de produção inicia a partir da retirada do tecido animal e, posteriormente, expandidas. “A gente seleciona e isola essas células em placas de cultura e faz uma análise de perfil metabólico para saber quais os nutrientes ela necessita para se manter viva fora do ambiente corporal do animal. Essas células são expandidas em alguns equipamentos, que chamamos de biorreatores, que são projetados para alcançar volume”, exemplificou Fernanda.

Comércio exterior

O produto já é comercializado em Singapura, onde, inclusive, pode ser encontrado em formato de hambúrguer. Outras empresas, como em Israel ou nos Estados Unidos, vêm trabalhando no desenvolvimento dos seus próprios processos.

O primeiro bife produzido custou cerca de 20 mil euros na Holanda. Mas, a expectativa é de o valor reduza consideravelmente para poder ser consumido por todas as pessoas. “A gente acredita que essa queda é natural. Estudos dizem que, até 2024, o produto vai ter um valor acessível para todas as pessoas”, concluiu a vice-presidente da JBS Biotech Innovation Center.

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