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Empate em casa contra o lanterna, vaias da torcida e um rendimento abaixo do esperado. Essa foi a noite de quinta-feira, 30, no estádio Heriberto Hülse. Com pouca produção e alguns sustos, o Tigre empatou em 0 a 0 contra o Tubarão; ao fim da partida, nem os jogadores pouparam críticas à atuação da equipe. O mais contundente foi o volante Eduardo, responsável pelas principais chances de gol do Tigre no jogo.
"Normal (as cobranças), a gente não está se acertando, a gente dá o nosso máximo mas o nosso time é desorganizado. A gente ataca igual a índio, temos que ter mais cabeça no lugar", disse o volante, que retornou de lesão e formou dupla com Adenilson em grande parte do jogo.
Eduardo teve as três melhores chances do Criciúma na partida. Na primeira etapa, perdeu um gol frente a frente ao goleiro; ao tentar tirar ao máximo a bola do alcance de Lee, colocou-a para fora. No segundo tempo, em dois bons chutes de fora da área, assustou a meta do arqueiro do Tubarão.
Quem não teve atuação dentro do esperado e sofreu com vaias da torcida em alguns momentos de bola rolando foi o lateral direito Victor Guilherme. Na saída de campo, após o empate, o lateral admitiu o rendimento abaixo da equipe, mas demonstrou confiança na melhora de desempenho.
"A torcida tá chateada com a gente, a gente não apresentou bom futebol, mas é questão de trabalho. A gente tem que trabalhar, continuar firme, ter confiança na gente que a gente vai conseguir cumprir nosso objetivo', disse o lateral.
Bronca do capitão
Foguinho foi um dos que mais brigou, discutiu e alternou funções ao longo dos 90 minutos. Atuou como segundo e terceiro volante, meia direita e até meia mais avançado. Capitão da equipe desde o começo do Catarinense, Foguinho deu razão à vaia do torcedor.
"É difícil, a gente tenta e luta, mas tem que entender que o grupo é 90% novo. O futebol é entrosamento, hoje em dia as equipes estão muito competitivas, o Tubarão nos deu muito trabalho. A gente foi abaixo, tem que entender o peso que é vestir a camiseta do Criciúma. A torcida apoia e a vaia no final, o que eu vou falar, eles têm razão", disse Foguinho.
Já na sala de imprensa, o técnico Roberto Cavalo manteve o discurso firme em relação ao nível de atuação do Tigre.
"Até os dez minutos tivemos uma chance com o Eduardo. O Tubarão muito bem na posse de bola, o Tubarão nos envolveu, não conseguimos marcar como treinamos, temos dificuldades com alguns jogadores, o primeiro jogo do Eduardo no Estadual, o Eduardo Melo entrou pela primeira vez. O time é novo, não está entrosado nem tem padrão de jogo", analisou. "No segundo tempo por detalhe não tomamos o gol", completou Cavalo
Catarinense segue
No próximo domingo, o Tigre tem novo confronto em casa, desta vez contra o Marcílio Dias. A partida é válida pela 4ª rodada do Campeonato Catarinense e está marcada para as 16h. Cavalo pode ter o desfalque do camisa 10 Alisson Taddei, que deixou o campo com dores no intervalo do empate contra o Tubarão. Andrew continua sendo dúvida; quem será titular é Carlos César, confirmado pelo técnico na coletiva depois do jogo de quinta.
Lateral direito de origem, Carlos pode ingressar no lugar de Victor Guilherme, bastante cobrado pela torcida, ou na vaga deixada por Alisson Taddei no meio-campo. Tudo deve se definir nos dois treinos antes do jogo contra o Marcílio: o Tigre se reapresenta na tarde desta sexta-feira e realiza novo treinamento pela manhã de sábado.
O Marcílio Dias vem de vitória por 2 a 1 contra o Concórdia, em Itajaí. O Marinheiro é o 4º colocado no campeonato, com 6 pontos. O Tigre está em 6º, com 4.
