Durante audiência da Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), a secretária-executiva Ministério de Minas e Energia, Marisete Dadald Pereira, falou das ações desempenhadas pelo grupo de trabalho formado para debater soluções para que a Usina Termelétrica Jorge Lacerda não deixe de operar, apresentou algumas ações realizadas até o momento.
Ela confirmou que os resultados devem ser apresentados na primeira quinzena de julho. “Organizamos com algumas fases, como diagnóstico e proposições que nos darão o encaminhamento e terminaremos na primeira quinzena de julho. Estamos debruçados no detalhamento do uso sustentável do carvão que é tema de outra portaria do Ministério. O compromisso de sermos transparentes e informamos a todos de forma mensal em nosso site”, comentou.
Próximo encontro ficou agendado para o dia 24 de maio.
Apontando alternativas
Marisete contou ainda que os integrantes do grupo têm atendido a muitos pedidos de informação por meio da ouvidoria. “O fato do trabalho não significa que poderemos solucionar todos os problemas da região carbonífera de Santa Catarina. O nosso compromisso é estudar todos os cenários e apontar as alternativas. Mesmo que for viável a manutenção da Jorge Lacerda, as questões ambientais precisam de mobilização ampla no governo e na sociedade”, enfatizou.
Proponente da audiência, a deputada estadual, Ada De Luca (MDB), falou que, se for necessário, será organizada uma comissão para ir até o ministro da Economia Paulo Guedes para tratar do assunto. “Podemos fazer uma reunião em Brasília, como for melhor. “A audiência serviu para sabermos como está o andamento do grupo de trabalho do Ministério de Minas e Energia quanto ao carvão mineral de Santa Catarina”, disse a parlamentar que ainda tratou da importância do carvão para o estado.
Vendedor e comprador
Presidente da Engie do Brasil, proprietária da usina, Eduardo Sattamini, destacou os esforços para garantir a continuidade do funcionamento da Jorge Lacerda e as conversas com a FRAM Capital de Investimentos, interessada na aquisição. “Vamos nos unir para neste primeiro momento garantir a vida da usina e em um segundo manter uma vida mais longa para que a região encontre outras alternativas ou outras utilizações para o carvão. Entendo que quando anunciamos a intenção de encerrar as atividades até 2025, abriu-se oportunidade via Estado e União de discutir os elementos que impediam a venda de forma mais clara e transparente com uma solução que agradasse a todos. Na hora desta mobilização, passamos a ter a boa vontade do Estado e União em busca de solução para o problema. A FRAM é uma empresa de investimento que interessou em adquirir, mas os assuntos ambiental e PIS/COFINS precisam ser resolvidos”, citou.
O representante da empresa interessada, Nicolas Londono, também participou da reunião, que ocorreu de forma online. Ele ressaltou o trabalho nas alternativas para a conclusão e viabilização da transição da Jorge Lacerda. Poucas vezes vi um comprador e um vendedor trabalhando juntos como nesta questão da Jorge Lacerda. Estamos fazendo os melhores esforços para terminar em um feliz término”, disse.