Com início às 9h30min da manhã de hoje, a 1ª Vara Criminal de Canoas realiza, no Fórum do município gaúcho, o júri popular dos réus acusados de executarem o casal içarense Paulo César Raichaski, de 42 anos, e Solange de Lima Vargas, de 35 anos, em agosto de 2015, no Rio Grande do Sul.
A sessão de Tribunal do Júri estava marcada para o início de outubro, mas foi adiada para este dia 26 de novembro pela juíza da 1ª Vara Criminal de Canoas, Betina Mostardeiro Mühle de Constantino, porque o advogado de um dos réus renunciou e foi necessária a nomeação de um defensor público.
Relembre o caso
Cinco integrantes da quadrilha que assassinou brutalmente o corretor de imóveis Paulo César Raichaski e sua esposa, Solange de Lima Vargas, foram denunciados pelos crimes de duplo homicídio qualificado, por meio cruel, motivo torpe, emboscada, sem chance de defesa à vítima; associação criminosa armada, extorsão, furto qualificado e ocultação de cadáver.
O casal foi até o Rio Grande do Sul para fechar a venda de uma residência no Balneário Rincão, avaliada em R$ 80 mil, mas acabou sendo vítima de uma emboscada. Segundo a Polícia Civil gaúcha, o crime foi premeditado para que o suposto comprador ficasse com o imóvel sem pagar valor algum após os trâmites da escritura. Solange, por acompanhar o marido na viagem, acabou também sendo assassinada por queima de arquivo.
Na manhã do dia do crime, o casal saiu de Içara e seguiu para São Leopoldo (RS) para encontrar o indivíduo no cartório, mas foi atraído para sua residência após um convite para tomar café. Quando as vítimas chegaram ao local, foram rendidas, amordaçadas, amarradas e torturadas, enquanto saques foram efetuados com seus cartões de crédito. Ainda na casa, Paulo César foi assassinado após ser estrangulado com uma corda e receber socos na garganta, e Solange também foi estrangulada.
As vítimas foram levadas até uma estrada na Praia de Paquetá, em Canoas, no banco de trás do próprio carro, que foi incendiado em seguida. O casal deixou dois filhos.
Sete suspeitos chegaram a ser indiciados pela Polícia Civil, mas apenas cinco foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e viraram réus pelo Poder Judiciário. Destes, alguns já morreram ou seguem foragidos e outros permanecem detidos, aguardando julgamento por um Tribunal do Júri.