O júri popular dos réus acusados de executarem o casal içarense Paulo César Raichaski, de 42 anos, e Solange de Lima Vargas, de 35 anos, em agosto de 2015, no Rio Grande do Sul, foi novamente adiado. A sessão, que aconteceria ontem no Fórum da Comarca de Canoas, foi transferida pela 1ª Vara Criminal do município para a terça-feira da próxima semana, dia 4 de dezembro.
Cinco homens foram denunciados pelos crimes de duplo homicídio qualificado, por meio cruel, motivo torpe, emboscada, sem chance de defesa à vítima; associação criminosa armada, extorsão, furto qualificado e ocultação de cadáver.
O casal foi até o Rio Grande do Sul para fechar a venda de uma residência no Balneário Rincão, avaliada em R$ 80 mil, mas acabou sendo vítima de uma emboscada. Segundo a Polícia Civil gaúcha, o crime foi premeditado para que o suposto comprador ficasse com o imóvel sem pagar valor algum após os trâmites da escritura. Solange, por acompanhar o marido na viagem, acabou também sendo assassinada por queima de arquivo.
Torturados e carbonizados
As vítimas foram torturadas, estranguladas e levadas até uma estrada na Praia de Paquetá, em Canoas, no banco de trás do próprio carro, que foi incendiado em seguida.
Sete suspeitos chegaram a ser indiciados pela Polícia Civil, mas apenas cinco foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e viraram réus pelo Poder Judiciário. Destes, alguns já morreram ou seguem foragidos e outros permanecem detidos, aguardando julgamento por um Tribunal do Júri.