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Júri popular por homicídio de casal de Içara acontece hoje

Solange e Paulo César foram atraídos para uma emboscada no Rio Grande do Sul

Por Vanessa Amando Canoas, RS, 26/02/2019 - 06:34
Foto: Arquivo pessoal/Arquivo A Tribuna
Foto: Arquivo pessoal/Arquivo A Tribuna

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Está marcada para às 9h30 desta terça-feira, dia 26, a retomada do júri popular dos réus que são acusados pelo homicídio do casal içarense Paulo César Raichaski, de 42 anos, e Solange de Lima Vargas, de 35 anos. O crime ocorreu em 2015, no Rio Grande do Sul. A sessão do júri acontecerá no Fórum da Comarca de Canoas, pela 1ª Vara Criminal da cidade gaúcha, sendo que ele já foi adiado em diversas ocasiões. Na última vez, em dezembro do ano passado, após cerca de 13 horas de julgamento, o adiamento ocorreu porque uma das juradas passou mal.

Na denúncia original do Ministério Público do Rio Grande do Sul, cinco homens foram indiciados pelo crime de duplo homicídio qualificado – por meio cruel, motivo torpe, emboscada e sem chance de defesa para a vítima; além de associação criminosa armada, furto qualificado e ocultação de cadáver. Um deles também responde por receptação de objeto roubado, e outros por extorsão.

No entanto, dois destes réus morreram no decorrer da instrução do processo, inclusive o que era considerado o principal articulador da execução brutal. Há ainda um envolvido que segue foragido desde o crime. Na época, sete pessoas chegaram a ser indiciadas no inquérito da Polícia Civil gaúcha.

Relembre o caso

Paulo César Raichaski e Solange de Lima Vargas foram atraídos para uma emboscada. Ele, corretor de imóveis, negociava uma propriedade no Balneário Rincão. O casal foi até o Rio Grande do Sul para fechar a venda da residência, avaliada em R$ 80 mil, mas acabou sendo morto no dia 26 de agosto de 2015 e carbonizado dentro de um automóvel.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi premeditado para que o suposto comprador ficasse com o imóvel sem pagar valor algum após os trâmites da escritura. Solange, por acompanhar o marido na viagem, acabou também sendo assassinada por queima de arquivo.

Na manhã do dia do crime, o casal saiu de Içara e seguiu para São Leopoldo (RS) para encontrar o indivíduo no cartório, mas foi atraído para a casa dele após um convite para tomar café. Quando as vítimas chegaram ao local, foram rendidas, amordaçadas, amarradas e torturadas, enquanto saques foram efetuados com seus cartões de crédito.

Ainda na moradia, Paulo César foi assassinado após ser estrangulado com uma corda e receber socos na garganta. Solange também foi estrangulada. O casal ainda foi levado até uma estrada na Praia de Paquetá, em Canoas, no banco de trás do próprio carro, o qual foi incendiado em seguida. Eles deixaram dois filhos.

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