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Nenhuma oferta foi oferecida no leilão da Cooperminas ocorrido na tarde desta segunda-feira, 23, o que frustrou os trabalhadores. “Ficamos decepcionados, pois sabemos que têm interessados, mas da forma que querem pegar é inaceitável, querem praticamente de graça e para os mineiros é uma vergonha a mina chegar nesta situação que se encontra hoje”, lamenta o presidente da Associação dos Trabalhadores Registrados na Coopermina, Célio Roberto Nicolau.
Ele revela que agora, os trabalhadores buscarão outra forma para não saírem prejudicados. “Vamos entrar em contato com os advogados para comprar os títulos mineiros. Ficar em troca da dívida trabalhista. vamos ver se isso é viável. Seria o mais justo”, diz.
A mina foi fechada desde 2017, e se tornou uma das 150 maiores devedoras da previdência social do país, será novamente leiloada hoje. O objetivo do leilão seria pagar a dívida milionária que ficou, na faixa de R$ 350 milhões de direito dos cooperados.
Ainda conforme Nicolau, a expectativa era que fosse apresentado pelo menos o lance mínimo. "Esperávamos que fosse vendido pelo menos pelo lance mínimo hoje já que o lance inicial era de R$ 52 milhões e não foi bem efetuado no último dia 13, mas a expectativa é que neste leilão de hoje fosse um lance mais elevado.
São 400 famílias que dependem de receber as rescisões trabalhista da Cooperminas. “Na situação que se encontra é que no dia 31 vai caducar os títulos minerários e isso volta para União e se acontecer vamos nadar, nadar e morrer na praia. O que lutamos até hoje vai ser entregue de mão beijada para outros empresários”, salienta.
Na manhã desta terça-feira, 24, o assunto será tratado pelos juízes e pelos leiloeiros na busca de um caminho para o impasse.
