Os jogadores do Criciúma irão se reapresentar no dia 3 de janeiro, quando começa a preparação para a próxima temporada. O preparador físico do Tigre, William Hauptmann, concedeu entrevista ao Som Maior Esportes, falando sobre como serão os trabalhos, principalmente no início do ano. Falou ainda sobre a condição física de Léo Gamalho, que demorou para ficar em forma nesta temporada.
"Atleta não é carro, que coloca gasolina e vai, eu pedi para que nestas duas primeiras semanas eles zerasssem a cabeça. Eu montei um grupo no Whats, com os atletas que ficaram e já estou orientando, passando algum tipo de treinamento, é para que eles não cheguem aqui e tenham sofrimento. Esse ano vai ser de muita cobrança, o 100% vai ser pouco e já era pouco, vai ser menos ainda", afirmou Hauptmann.
Serão feitos vários testes, que servirão para analisar o percentual de gordura em cada um dos atletas. Para que o ritmo seja mais intenso, quando tiver treino na parte da manhã e da tarde, os atletas ficarão almoçando no CT Antenor Angeloni. Hauptmann acredita que o começo da temporada será fundamental para o sucesso do Criciúma ao longo de 2020.
Léo Gamalho se dedicou até nas folgas
O preparador físico aproveitou para comentar sobre a preparação nesta temporada que acabou, segundo ele, muitos atletas demoraram para pegar o ritmo. O atacante Léo Gamalho, que terminou como artilheiro tricolor em 2019, chegou fora de forma, em 2018 ele esteve no Pohang Steelers, da Coreia o Sul. Para Hauptmann, somente nos últimos dez jogos que ele chegou ao seu máximo.
"O Léo estava na Coreia e estava há quatro meses só treinando, com a metologia totalente diferente lá de fora, demorou para se adaptar, tivemos muita dificuldade de adaptar. Quando era domingo, na folga, estavamos trabalhando para tentar recuperar a parte física, mas só conseguimos chegar no melhor da sua forma na parte final da competição", comentou.
O próprio preparador trabalhou com Gamalho nos dias de folga, para potencializar o treinamento.
O método CK
O Criciúma tem utilizado o método CK para identificar a lesão dos atletas, algo que facilita o diagnóstico e evita problemas mais graves, ajudando também no retorno aos campos. "O CK é um indicativo que o atleta ainda não está recuperado, até 800 é considerado um número normal. A gente colhe o sangue do atleta e coloca em um aparelho, quanto mais elevado estiver, mais propenso a lesões", explicou.