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Lições que ficaram da tragédia de 2008

Maior desastre natural do Brasil atingiu Santa Catarina há dez anos. Medidas foram adotadas

Por Erik Behenck Criciúma, SC, 21/11/2018 - 08:53
Rio Linha Anta é um local onde a limpeza é de difícil execução / Foto: Guilherme Hahn / A Tribuna
Rio Linha Anta é um local onde a limpeza é de difícil execução / Foto: Guilherme Hahn / A Tribuna

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Em novembro de 2008, Blumenau e o Vale do Itajaí foram atingidos por enchentes e deslizamentos de terra, em uma das maiores tragédias naturais da história do Brasil. Foram 135 mortes e 14 cidades em situação de calamidade pública, com mais de 1,5 milhão de catarinenses impactados.

Quatro anos depois, em 2012, foi aprovada a Lei 12.608, que instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, aumentando os investimentos na área. Hoje Santa Catarina é um dos estados mais preparados do Brasil em relação a tragédias naturais.

“Santa Catarina é um estado 100% coberto por radares meteorológicos, temos um em Lontras, outro em Chapecó e um terceiro em Araranguá. Esses equipamentos, junto com a antena em Florianópolis, proporcionam a cobertura total, as informações são todas repassadas para o Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres”, conta o coordenador regional Sul da Defesa Civil, Rosinei da Silveira. O equipamento de Araranguá foi inaugurado em fevereiro deste ano, cobrindo 41 municípios e com investimento de R$ 4,1 milhões.

Na região, o maior ponto de riscos está na Serra do Rio do Rastro, que deverá passar por obras em breve. “Municípios na encosta da Serra, como Lauro Müller, possuem riscos, assim como os que são cortados por rios”, pondera Rosinei. O coordenador garante que muitas drenagens já foram feitas. Em Criciúma, há ações que acompanham essa necessidade de manter a prevenção em dia, com prioridade para o desassoreamento de rios.

“A Secretaria de Obras fez um levantamento dos principais pontos que precisavam ser desassoreados, em trabalho junto com a Defesa Civil. Isso aconteceu no começo do ano e a previsão de conclusão é para 2020. Vai pegar desde a bacia do Rio Urussanga, passando também pelo Rio Criciúma. Atualmente o desassoreamento do Rio Sangão está no Rio Maina, quase chegando na Santa Luzia”, informa o coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) de Criciúma, Dioni Pereira de Borba.

Dificuldades para limpar rios

Mas o caminho para manter os rios limpos não tem sido simples. “Contabilizamos 75 pontos com estrangulamentos, lugares onde é quase impossível entrar com máquinas para limpar os rios”, revela Dioni, citando trechos urbanizados de rios como Criciúma e Sangão. “Em muitos casos, seria necessário realizar procedimentos ambientais complexos, derrubar matas ciliares e também há muitas casas irregulares nos cursos dos rios”, explica.

Um exemplo está na região da Próspera. O rio Linha Anta passou por limpeza em março. “Tem uma parte de quase um quilômetro do rio coberto por casas irregulares, onde para limpar só com ação humana, sem máquinas, e ainda com muitas limitações”, detalha Dioni. O Canal Auxiliar ao Rio Criciúma, em obras na segunda etapa, vem cumprindo o papel de reduzir enchentes na região central. “A vazão após o Canal Auxiliar melhorou muito, reduziu em 95% a chance de alagamentos”, conta.

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