Os 100 anos do armistício da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi lembrado no dia 11 de novembro de 2018 (domingo), com uma celebração realizada no Arco do Triunfo, em Paris, França. A solenidade reuniu mais de 70 chefes de estado e de governo, que foram recepcionados pelo presidente francês, Emmanuel Macron.
Durante seu discurso, Macron defendeu o "legado de paz" deixado no final da Primeira Guerra e enfatizou a importância da união internacional contra a ignorância, a fome, o aquecimento global e o "obscurantismo contemporâneo". "A lição da Grande Guerra não pode ser a de rancor de um povo contra outro”. “O patriotismo é exatamente o contrário do nacionalismo e do egoísmo. Somemos nossas esperanças no lugar de colocarmos nosso medo uns aos outros", disse o governante.
Estavam presentes na cerimônia o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker; a premiê alemã, Angela Merkel; o presidente russo, Vladimir Putin e o norte-americano, Donald Trump; o rei da Espanha, Filipe VI e o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez; entre outros. Cerca de 10 mil agentes de segurança foram mobilizados em Paris durante a cerimônia.
Na data, o papa Francisco também fez referência ao armistício da Primeira Guerra Mundial em missa celebrada no Vaticano, afirmando que o episódio faz uma "severa chamada a rejeitar a cultura de guerra e a buscar todos os meios legítimos para pôr fim a conflitos".
O encerramento oficial da Primeira Guerra Mundial, no dia 11 de novembro de 1918, aconteceu depois de uma série de derrotas dos alemães, que tiveram que concordar com um armistício após o Império Austro-Húngaro, parceiro na Tríplice Aliança, fazer o mesmo. Assim ficou garantida a vitória dos Aliados – representados principalmente pela França e pelo Império Britânico. O conflito foi responsável por uma grande mudança no cenário econômico da Alemanha, o que colaborou para o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939.