Comerciantes da galeria do Giassi da Santa Bárbara reclamam de ação da Polícia Militar (PM) na tarde de quarta-feira, 15, que determinou o fechamento das lojas, em acordo com o decreto governamental que mantém suspensa a abertura de centros comerciais, galerias e shopping centers em Santa Catarina.
A argumentação dos lojistas é de que o espaço não representa risco de propagação do coronavírus, pois ali não há grande aglomeração de clientes. Um comerciante, que preferiu não se identificar, alegou ter condições econômicas de manter as portas fechadas por, no máximo, mais 15 dias, mas diz ter relatos de outros que estão fechando os negócios no local.
"Vários lojistas comentam que vão entregar as salas se não abrirem rapidamente. Um inclusive fechou em outro ponto por causa dessa situação e deve fechar ali se não abrir até o fim do mês. Comentam que há seis lojas com a notificação de entrega das salas e fechamento das lojas prontos para entregar ao locador", afirmou o sócio de uma loja.
De acordo com ele, o Giassi reduziu o aluguel referente ao mês de março e não deve cobrar no período em que as lojas permanecerem fechadas. No entanto, o lojista afirma que quer trabalhar e não vê problema na liberação das lojas na galeria.
"A gente sabe que não é de grande movimento, não há propagação do vírus. Todos os lojistas estão sofrendo. Tem loja que não dá 15 pessoas ao dia, aí mandam fechar por causa de aglomeração. Há outros pontos com muito mais aglomeração, banco, lotéricas e lojas do centro", argumenta. "Ninguém quer não pagar o aluguel. Queremos pagar contas, funcionários e voltar a trabalhar", acrescenta.
Esse lojista afirma que tentou os créditos dispostos pelos governos estadual e federal, mas não teve acesso à verba. No Badesc, não foi contemplado e a Caixa acaba demorando para dar a resposta. "Do jeito que vai, a minha ideia é de que mais 15 ou 20 dias a coisa não vai mais girar. A gente tentou crédito com o governo, mas é aquela história, lá na frente terá que ser pago de qualquer forma, é complicado. Na Caixa está super demorado, não tem nada a toque de caixa", conclui.
A administração do Giassi informou que não se manifestará sobre o assunto dos alugueis.