Mais de 240 jogos com a camisa do Tigre, em cinco temporadas. Aos 36 anos, o goleiro Luiz é o atleta mais experiente e, também, com maior tempo de Criciúma no elenco. O camisa 1 não negou a responsabilidade dos atletas para tirar o clube da zona do rebaixamento desta Série B. O clássico contra o Figueirense, pela 31ª rodada, ganha contornos dramáticos para o Tricolor.
“Nós temos que demonstrar que estamos buscando e podemos sair dessa situação. Não tem justificativa para ficar lamentando muita coisa. A nossa atitude vai ter que ser de excelência no jogo de sábado. O torcedor esteve nos jogos e as coisas não acontecerem. Não tem justificativa, não tem o que dizer, mas não adianta ficar lamentando e carregando pesos de derrotas e erros passados. Temos que apagar isso e enfrentar a nossa realidade, que é um clássico e que a vitória nos põe na briga para sair lá de baixo”, assumiu Luiz em coletiva realizada no Heriberto Hülse nesta quarta-feira, 23.
O duelo é de seis pontos; o Figueira vem na ascendente, com quatro jogos consecutivos sem perder. Saiu da lanterna para a 17ª colocação, atualmente com 31 pontos. Já o Tigre está em queda livre; na vice-lanterna, tem apenas 29 pontos e está há cinco jogos sem ganhar. O Vila Nova, primeiro time fora da zona de rebaixamento, tem 33 pontos - ou seja, mesmo com a vitória, o Tigre permanece na zona de rebaixamento. Já o Figueira, se vencer o clássico, pode deixar o Z-4.
Mesmo com a baixa pontuação e o péssimo aproveitamento fora de casa, apenas 8 pontos ganhos, 19,05% dos disputados, Luiz acredita na volta por cima do Tigre, começando neste sábado na capital catarinense. “Coisas impossíveis são para pessoas que acabam aceitando, não é um fato, é uma opção. Pelo cenário montado, muita gente não acredita mais, mas pra nós não. Temos que nos unir e evitar que questões externas nos atinjam”, afirmou o capitão.
O arqueiro relembrou a temporada de 2015 para exemplificar que, no futebol, às vezes a matemática é colocada à prova, e traçou o plano do Tigre para escapar da zona da degola. O departamento de matemática esportiva da UFMG coloca o Criciúma como a segunda equipe com maior probabilidade de queda na Série B, com 83,5% de chances.
“Não podemos ser uma equipe desequilibrada. O desespero não pode tomar conta neste momento, tem que ter tranquilidade mas sem ser moroso e saber lidar com isso. Muitos jogadores são jovens e não tem muita noção do que pode vir pela frente, na pressão que está se tornando. Já passei por situações iguais. Em 2015 tínhamos que ganhar quatro partidas em oito e isso aconteceu”, concluiu Luiz.