"Todo meu trabalho não foi pela causa, foi pela consequência. Então, não me importa se não vai sair o meu nome, eu não tenho pretensão política. Quando a gente trabalha pela consequência, eu acho que todo mundo deveria trabalhar assim, para ver o fim e se satisfazer com isso”, assim a primeira-dama de Santa Catarina, Nicole Torret Moreira, define o trabalho que vem desempenhando nos últimos meses a frente da Fundação Nova Vida.
Desde que Eduardo Moreira (MDB) assumiu como governador de Santa Catarina, no início deste ano, Nicole Torret Moreira, deu ênfase ao trabalho e percorreu o estado realizando contato com a população e também realizando doações.
Para ela, esse trabalho possibilita olhar nos olhos das pessoas e ouvir a sociedade. “Eu acho que Santa Catarina precisava de uma primeira-dama assim. A primeira-dama é o lado feminino do governo, sem dúvida nenhuma. E quando a gente tem uma mulher atuante, além de as mulheres se sentirem representadas, tem o lado mais sensível, mais humano. O governador muitas vezes não consegue sair do seu gabinete, tem muita agenda, são muitas demandas. E a mulher, quando ela sai e quando ela trabalha nesse sentido, ela escuta a sociedade, ela olha no olho das pessoas, ela vê o que as pessoas precisam e ela está atenta a isso. Então, eu acho que eu fiz o meu melhor, eu me doei plenamente para que isso acontecesse”, enalteceu a primeira-dama.
Processo de transição
O governo de Moreira termina em 31 de dezembro, quando Nicole também deixa a presidência da Fundação Nova Vida. Para garantir uma transição, ela irá se encontrar na próxima semana com a futura primeira-dama, Késia Martins da Silva. “Primeiro para mostrar a fundação, um pouco do meu trabalho, para conhecer. Lógico que todo mundo que trabalha com amor quer que o próximo dê continuidade a esse trabalho, e eu vou, claro, apresentar isso a ela com toda a paixão que eu tenho e espero, sinceramente, oro para que ela dê continuidade a tudo isso”, conta.
Pretensão política: agora não
Com o trabalho realizado como primeira-dama, logo vieram as perguntas sobre sua participação política em próximas eleições. “Eu nunca digo não para as coisas, sou muito aberta para a vida, mudei muito, cresci muito na vida em função disso. Eu hoje não sou filiada, hoje eu digo não, sempre respondo isso. As pessoas tendem a confundir isso, quando elas veem alguém trabalhando com amor e paixão já pensam que o objetivo é político, mas não, eu não tenho de verdade. Eu não sei daqui a quatro anos, daqui a oito anos não sei da minha vida, pode ser que sim. A verdade é que a política é um caminho que a gente usa para ajudar o próximo, quando a gente tem esse viés político as coisas são bonitas, quando a gente olha a política pelo lado negativo – e sem dúvida tem, como tudo na vida –, aí a política fica maculada”, garante.
(por Bruna Borges e Francieli Oliveira)