Santa Catarina, conhecida especialmente pelo seu litoral, possui também nos seus atrativos turísticos uma estrada considerada entre as mais bonitas não só do Brasil, como do mundo. É no Sul, na cidade de Lauro Müller, que está localizada a Serra do Rio do Rastro.
Muito procurada pelos turistas, a SC-390 também é constante motivo de preocupação, principalmente em dias de chuva. Constantemente, quando o tempo está ruim, pedras e demais vegetações desmoronam e causam transtornos para os motoristas.
Mas esse tipo de notícia sobre a serra pode estar com os dias contados. Na última semana o Governo Federal anunciou a liberação de R$ 20 milhões para obras de contenção das encostas. A preocupação que fica, agora, é com a questão turística e a visão que o público terá após a conclusão dos trabalhos.
O coordenador regional da Defesa Civil, Rosinei da Silveira, já adiantou que o projeto contempla tanto a segurança quanto o turismo. “Todo o trabalho foi pensado e será fiscalizado para que o turismo não perca o seu sentido. As obras vão mantê-la segura e ainda assim ela continuará sendo uma das estradas mais belas do mundo”, declara Silveira.
Ele explica que o material que será utilizado é ambientalmente correto. “A obra se conjuga com o meio ambiente, em um primeiro momento as pessoas até podem ver alguma coisa, mas com o tempo o verde vai se sobressair. O turismo está sendo cuidado no projeto”, comenta o coordenador.
Com os investimentos, menos problemas
Somente este ano foram registrados 10 desmoronamentos na Serra do Rio do Rastro. Nenhuma morte ou ferimento grave ocorreram em decorrência dessas situações, mas o perigo iminente fez os serviços se tornarem cada vez mais necessários.
Um dos episódios mais marcantes aconteceu em julho de 2016, com o mestre de obras Moacir Junior da Silva. Ele transitava pela rodovia, quando foi atingido por um deslizamento. O carro ficou completamente destruído, mas o motorista conseguiu sair a tempo de evitar uma tragédia ainda maior. Ele teve apenas ferimentos leves.
Segundo Silveira, a expectativa é de que os problemas que ocorrem atualmente sejam mitigados com os trabalhos. “As obras que serão realizadas são suficientes para minimizar as situações apresentadas”, afirma.
“Mas claro que, tratando-se de natureza, ela evolui. Temos que entender que estamos falando de uma velha senhora, são milhões de anos de relevo desgastado. Caso as situações evoluam, outras obras podem ser necessárias”, pontua o coordenador.