O técnico Waguinho Dias e o diretor de futebol João Carlos Maringá se despediram do Criciúma na manhã desta quinta-feira, 26. Não foi uma entrevista coletiva, a imprensa não foi autorizada a fazer perguntas. Eles falaram sobre o tempo que estiveram na equipe, disseram que agora são torcedores carvoeiros e que acreditam na salvação do rebaixamento.
“Eu saio muito chateado, principalmente pelo torcedor do Criciúma, ele é muito especial. Ele apoia o clube em todos os momentos, protesta quando tem que protestar. Eu peço desculpa a esses torcedores, se o resultado não apareceu não foi por falta de trabalho. Eu brinco com meus amigos que envelheci 3 anos em seis meses. Saio muito tranquilo com relação ao meu esforço para mudar a história do Criciúma”, disse Maringá.
Waguinho Dias foi campeão da Série D treinando o Brusque e chegou ao Criciúma no mês passado. Pegou a equipe na 14ª posição e entregou na 19ª. Foram cinco partidas com o seu comando, resultando em dois empates e três derrotas. Não foi o que a torcida esperava e nem o que ele imaginava.
“Quando se troca uma comissão técnica se cria uma expectativa de que tudo vai mudar. E muito das vezes depende do dia a dia dos atletas, do clube e da maneira como se encontra. Nesse breve período que estive, somente com duas partidas em casa, eu não convivi e não compreendi o Criciúma como está”, comentou o técnico.
É possível evitar o rebaixamento
Maringá lembrou que faltam 14 partidas para acabar a Segunda Divisão. Ele acredita que é possível evitar o descenso e para isso é preciso de união, entre empresários, torcida e imprensa, para que os jogadores se sintam abraçados pela cidade e consigam apresentar melhores resultados.
"Nós temos um grupo de jogadores que se não é o melhor do campeonato tem condições de se salvar, eles estão comprometidos. Na última conversa pedimos que eles façam o possível para evitar a queda desse grande clube para a Série C", disse. “Eu sei que o momento é de crítica e tem que criticar, porque não andou. Vamos nos unir em torno do Criciúma e colocar o Criciúma em 1º lugar”, completou.
Waguinho defendeu a mesma bandeira. “Não tem outra maneira, tem que apoiar. É só assim para que os atletas rendam mais dentro de campo. Agora é hora de apoiar, se conquistar mais seis vitórias o Criciúma não cair. Vai conquistar. Pelo que eu pude ver nos últimos dias de treinamento o resultado vai acontecer”, comentou.
Maringá tentou mudar o Criciúma
“Eu fui contratado pelo Criciúma para mudar uma história, de um time que não vence há muito tempo. Infelizmente os resultados não foram positivos. Nós tivemos muito trabalho neste período, tivemos apoio da presidência para fazer um time, misturado com o outro time que já estava aí. Eu cheguei no meio do campeonato e isso não é fácil para um dirigente”, afirmou.
Maringá disse que deu o seu máximo, mesmo assim não foi o suficiente.
"Eu fiz tentativas de mudar de fora para dentro e de dentro para fora. Me envolvi em questões políticas porque tá provado do jeito que estava não anda. Se as pessoas não se unirem em torno do Criciúma e esquecerem as vaidades pessoais, o Criciúma não vai andar", concluiu.