O mercado de franquias movimenta bilhões de reais por ano no Brasil. O setor vem apresentando forte crescimento nos últimos tempos, chegando até mesmo aos dois dígitos. Em Criciúma, recentemente foi aprovada a Lei de Franchising, que deverá fomentar a ampliação de franquias na cidade, já que atualmente existem apenas duas. O Imposto Sobre Serviço (ISS) foi reduzido de 3% para 2%, índice que antes era oferecido apenas para produtos da tecnologia.
“Se reduzir a alíquota, a perda de faturamento será irrisória e com essa redução podem aproveitar melhores taxas de tributos e estimular empresas franqueadas”, destaca um dos apoiadores da ideia e diretor de negócios, Claiton Pacheco. “Existem municípios que o percentual varia entre 4% e 5%, como em Porto Alegre. Um bom exemplo é São José do Rio Preto (SP), considerado o maior polo, per capita, de franquias, lá são mais de 130 e a cobrança é 2%. Aqui fizemos um movimento para reduzir, já que a arrecadação era só de R$ 30 mil por ano para a Prefeitura”, emenda.
Existem duas empresas criciumenses franqueadoras, uma do ramo de farmácias e outra de academias. Pacheco acredita que, com a nova Lei, franqueadoras de outras cidades poderão se mudar para Criciúma e aproveitar o menor valor de cobrança sobre o ISS. “As pessoas de Criciúma, elas pensam o crescimento de uma forma local e não regional. Temos modelos aqui que podiam se tornar nacionais. Ambição é diferente de ganância”, destaca.
Como funciona uma franquia?
De acordo com Pacheco, nem todas as empresas possuem capacidade para se tornarem franquias. “É preciso ter um modelo de negócio vitorioso, que se mostra importante. É preciso desenhar todo o processo de funcionamento, tem que transformar o know-how em processos, ensinando para outras pessoas, permitindo que a técnica replique. Tem que ser ambicioso”, afirma.
O Burger King é uma empresa mundial, conhecida por sua rede de franquias, que está chegando em Criciúma com um novo modelo de negócios. Para ele, a questão depende do segmento e do capital econômico, sendo que é mais fácil adaptar o negócio quando franqueador precisa investir menos. “Um exemplo é a Damyller, que expandiu a marca com lojas próprias, agora tem outras marcas que precisam optar pelo modelo de franchising”, analisa.