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Mesmo com a Via Rápida, SC-445 conta com movimento forte e mais acidentes

Quando surgiu como novidade, o novo acesso de Criciúma à BR-101 até tirou veículos da Paulino Búrigo. Porém, com a revitalização neste ano, a antiga rodovia voltou a receber fluxo mais intenso

Por Fagner Santos Içara, SC, 07/11/2018 - 08:12
Fotos: Guilherme Hahn / A Tribuna
Fotos: Guilherme Hahn / A Tribuna

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A inauguração da Via Rápida há quase um ano, em dezembro de 2017, trouxe consigo a impressão de que o movimento pesado seria lembrança do passado na SC-445, cortando a área urbana de Içara. Porém, o que se percebe, principalmente em dias úteis, é um recente acréscimo na quantidade de veículos trafegando na Rodovia Paulino Búrigo nos dez quiômetros compreendidos entre os bairros Presidente Vargas e Jardim América. Esse flagrante é dos homens da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) que trabalham no trecho e coincide com as obras de revitalização executadas no primeiro semestre. 

“Não dá pra quantificar essa redução por causa da Via Rápida, mas sabemos que foi sensível, quase nula desde dezembro do ano passado”, observou o comandante do posto da Polícia Militar Rodoviária de Içara, subtenente Adilson de Oliveira. 

Enquanto monitoram a SC-445, a partir do posto da PMRv no bairro Liri, os policiais seguem sem jurisdição sobre a Via Rápida. Ocorre que, enquanto a rodovia não tiver 100% das suas obras concluídas, a mesma não é entregue à gestão estadualizada das rodovias, seguindo sob cuidados do Deinfra. Assim, não há por enquanto fiscalização formal no trecho. Em caso de ocorrências, ou a PMRv presta atendimento ocasionalmente ou a Polícia Militar acaba acionada.

Aumento do número de acidentes

Entre 7 de novembro de 2016 e 6 de novembro de 2017, foram registrados 298 acidentes, com 170 feridos e um morto ao longo dos dez quilômetros do trecho da 445. “É um número dentro dos padrões das rodovias de mesmo nível em outras localidades”, obser-vou o subtenente Adilson. Esse número antecede a entrega da Via Rápida enquanto opção ao tráfego 

Entretanto, no mesmo período de 2017 a 2018, foram 321 ocorrências, 135 feridos e quatro mortos, daí já coincidindo com a entrada em operação da Via Rápida. Não existem fatores determinantes para esse acréscimo. “O que notamos é que os novos padrões da rodovia instigam o condutor a trafegar em velocidade maior, aumentando o perigo ao pedestre, em especial durante a noite, perigo maior e atropelamentos mais frequentes”, pontuou Oliveira. Além disso, a retiradas de lombadas eletrônicas e implementação de cinco passagens elevadas de pedestres também pode influenciar na imprudência. 

Menos motoristas alcoolizados

Divergindo do aumento no número de acidentes e mortes, a redução de ocorrências envolvendo o uso de bebidas alcoólicas antes de dirigir já é realidade. Entre janeiro e novembro de 2017, foram autuados 94 condutores embriagados na SC-445, além de outros 28 por se recusarem a fazer o teste do bafômetro. No mesmo período de 2018, foram 80 casos de direção por alcoolizados, mais 34 por recusa. 

Os números mostram queda gradativa. “Em outubro do ano passado, foram 13 casos de embriagues e um de recusa, enquanto que, em outubro deste ano, foram cinco motoristas dirigindo bêbados e apenas uma recusa ao bafômetro”, comenta o subtenente Adilson. A principal suspeita é de que a conscientização está surtindo efeito. “Claro que sempre existirão casos onde a mistura de direção e bebidas alcoólicas acaba em tragédia. Mas, o transporte por aplicativos acaba auxiliando na segurança para os condutores embriagados e os demais motoristas, e percebemos um aumento na utilização por parte de quem retorna de festas”, observou o policial.

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