Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
Branded Content

Minamel é referência em exportação

Empresa de mais de 30 anos de atividades prosperou, chegou ao fundo do poço e com as vendas ao exterior, retomou o caminho de sucessos

Por PANORAMA AGRO 30/07/2019 - 09:45 Atualizado em 30/07/2019 - 23:37 * Conteúdo de responsabilidade do anunciante

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Quando fala-se em abelha, logo lembramos da temida ferroada, que causa irritação na pele e dor instantânea. Ampliando o quadro, recordamos da polinização, do mel e das colmeias. As abelhas são, afinal, parte fundamental do equilíbrio ambiental e uma ótima fonte para a alimentação, indústria farmacêutica e de cosméticos. Mais do que um animal silvestre, que no Brasil conta com espécies nativas, mas também vindas da Europa e da África, a abelha pode ser uma importante fonte de renda.

A apicultura é retratada na história da humanidade desde, pelo menos, os tempos do Egito Antigo. Em Santa Catarina, hoje em dia, é um mercado que envolve milhões de reais, gera exportação e aquece a economia regional. A capital do mel é Içara e é lá que está a Minamel, empresa responsável por metade dos produtos apícolas exportados no Estado no ano passado.

A empresa foi criada pelo empresário Agenor Castagna. Quando tinha 18 anos, Agenor era bombeiro. Nas horas de folga, começou a fazer produtos de madeira. Foi fazendo caixas para colmeias que ele conheceu a apicultura. “Eu fazia caixas pros produtores da região e pensei: por que não para mim? Comecei então a trabalhar com as colmeias, na minha primeira safra fui para São Paulo vender. Depois, comecei a comprar mel dos produtores locais, que tinham dificuldades em atingir o mercado, e revendia lá”, relembra.

Foi produzindo e revendendo mel que a Minamel, hoje com 30 anos de existência, prosperou. Mas, como diz o ditado, nem tudo são flores – ao contrário do que podem pensar as abelhas.

No horizonte, a exportação

Em 1998, Agenor diz que chegou ao fundo do poço. Com dívidas, a Minamel estava por um fio. Depois de pagar credores, o empresário usou o dinheiro que restou para ir até a Europa conquistar um novo mercado. Começava a trilhar um caminho de sucesso: a exportação.

Em contato com importadores europeus, a Minamel voltou a crescer e hoje é referência no assunto. De acordo com Epagri, Santa Catarina exporta 5,3 mil toneladas de mel. Desse montante, 2,6 mil toneladas vêm da empresa içarense.

Guilherme Castagna, filho de Agenor e diretor da empresa, afirma que um dos objetivos da Minamel é a venda de produtos manufaturados para o exterior. “Já somos referência do mel em Santa Catarina. Agora queremos ser referências no Brasil. Mais do que isso, queremos vender nossos produtos e transformar o mel brasileiro em referência lá fora”, projeta.

Atualmente, a exportação é o destino de metade da produção de mel no Brasil. Na Minamel, a venda para o exterior tem ainda mais importância: corresponde a 70% da arrecadação.

Parceria com apicultores

Atuar em um único segmento traz desafios. A variação do preço do produto pode indicar um ano bom ou ruim para uma empresa. O mel tem outro agravante: a produção é itinerária. “Agora, no inverno frio, não se consegue produzir o mel aqui na região, então precisamos pegar a produção de outro local”, esclarece Guilherme.

Para manter as atividades pelos 12 meses do ano, a Minamel conta com parcerias de produtores de todo o país, desde o Rio Grande do Sul até o Piauí. São mais de 700 apicultores que vendem o mel para a empresa. Para manter o padrão de qualidade do mel orgânico, sem poluições e agrotóxicos, a Mina Mel oferece assistência técnica aos apicultores e uma empresa da Alemanha fiscaliza a produção uma vez por ano.

De acordo com Agenor Castagna, cada apicultor vinculado à Minamel tem em média 400 colmeias. Uma única colmeia colmeia pode produzir entre 40 e 50 quilos por ano. “Cada colmeia tem que ficar distante cerca de 1,5 ou 2 quilômetros da outra”, explica Agenor.

De onde vem a abelha?

Agenor explica que é um apaixonado pelo campo. Com mais de 30 anos de Minamel, ele diz que já foi aconselhado a se aposentar, mas argumenta: “se eu sair da empresa, o que vou fazer da vida? É lá que eu gosto de estar”.

Com a prosperidade da Mina Mel, no entanto, Agenor optou por não se envolver mais na produção do mel. Largou as colmeias e voltou-se à administração empresarial.

Ainda assim, demonstra conhecimento sobre a apicultura. Ele é capaz de explicar as origens das abelhas que atualmente vivem no ar brasileiro. Elas se dividem em mais de 400 espécies, nativas, da Europa e também da África.

“As abelhas nativas são mansas, não têm ferrão, então não atacam. Porém, elas produzem muito pouco”, ensina. Pensando na produção, Dom João VI, quando veio ao Brasil, no século XIX, trouxe as abelhas europeias, ainda mansas, mas com ferrão e que produzem mais. “Na época, utilizava-se a cera para as roupas dos clérigos”.

Foi pensando na produção do mel e da cera que chegaram as abelhas africanas, as que mais produzem e as mais agressivas. Elas vieram ao Brasil há cerca de 30 anos.

Minamel no Brasil

Um dos objetivos da Minamel é tornar-se uma referência não apenas em Santa Catarina, mas também em todo o Brasil. Atualmente, cerca de 1,2 mil toneladas são vendidas ao mercado interno. Além da marca própria, fornece o mel para outras empresas alimentícias, que vendem os produtos manufaturados.

“A gente quer que, quando se pense em mel no país, venha logo à cabeça a Minamel, como a referência no produto”, define Guilherme.

A Minamel tem uma empresa associada que vende produtos derivados do mel, como cachaça, vinagre, vinho, cerveja, além do mel em pote. Juntas, as duas empresas empregam cerca de 40 funcionários.

Copyright © 2024.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito