Na sexta-feira (21), a jovem Thamily Venâncio Ereno foi morta durante uma operação policial em Criciúma. A ação resultou na prisão de seu namorado e de um motorista de aplicativo, que dirigia o veículo onde a vítima estava. Veja o que se sabe até o momento, e também as perguntas ainda sem resposta.
Segundo a defesa do condutor, que concedeu entrevista na manhã desta quarta (26), ele foi chamado para uma corrida por aplicativo na tarde de sexta, e não conhecia os passageiros. Porém, até o momento, o registro da viagem não foi apresentado.
O que se sabe
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O motorista era de aplicativo: Segundo a defesa, ele realizava uma corrida pelo Uber no momento da operação. No entanto, a confirmação se a corrida estava oficialmente registrada no aplicativo ainda depende da análise pericial do celular do motorista, que foi entregue à polícia.
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Ele não conhecia os passageiros: De acordo com os advogados, o motorista não tinha vínculo com os passageiros e não sabia de qualquer atividade criminosa envolvendo o homem que transportava.
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Dinâmica da abordagem policial: O condutor e o passageiro pararam em um local. Na sequência, o motorista percebeu dois policiais à paisana se aproximando, com armas em punho. Segundo sua versão, ele não reconheceu a polícia e tentou sair do local.
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O momento dos disparos: A defesa afirma que, ao tentar sair, o motorista deu ré e colidiu com um carro da polícia, que havia sido posicionado para impedir a fuga. Nesse instante, a policial civil teria disparado contra o veículo, atingindo Thamily na nuca.
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Acusação contra o motorista: Ele foi preso em flagrante e, posteriormente, teve sua prisão convertida em preventiva. Ele responde por tentativa de homicídio contra a policial e desobediência por não ter parado durante a abordagem.
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Antecedentes criminais: Segundo o delegado responsável pelo caso, o motorista já havia sido acusado anteriormente por um crime semelhante. No entanto, a defesa nega essa acusação e alega que ele não possui histórico criminal que justifique a prisão preventiva.
O que ainda será esclarecido
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A corrida estava registrada na plataforma? A defesa afirma que a corrida estava registrada no celular do motorista, mas não confirmou se era uma chamada oficial da Uber. A polícia ainda não divulgou se encontrou esse registro.
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O motorista realmente não ouviu a ordem de parada? Os policiais afirmam que se identificaram e deram ordem para que ele parasse. No entanto, a defesa garante que ele não ouviu a abordagem e, ao ver homens armados se aproximando, agiu instintivamente para sair do local.
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Havia relação entre o motorista e o passageiro procurado? A polícia investiga se o motorista fazia corridas frequentes para o homem procurado ou tratava-se de uma corrida casual.
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A policial estava realmente em risco? O delegado responsável pelo caso afirmou que a policial disparou porque se sentiu ameaçada pela manobra do motorista. A defesa contesta essa versão, apontando que a rua era larga e que não havia intenção de atropelamento.
Ouça a entrevista completa dos advogados de defesa do motorista, ao Programa Adelor Lessa: