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Mundial de Beach Tennis: Os estrangeiros estão chegando

Já hospedada na cidade, italiana Flaminia Daina está na expectativa, tanto quanto adversários de outros 13 países

Por Vítor Filomeno Criciúma, SC, 14/02/2022 - 17:20 Atualizado em 14/02/2022 - 17:27
Flaminia visitou o Criciúma Clube nesta segunda, e conversou com o 4oito / Foto: Divulgação
Flaminia visitou o Criciúma Clube nesta segunda, e conversou com o 4oito / Foto: Divulgação

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O Sul de Santa Catarina está se tornando, cada dia mais, uma atração esportiva nacional e internacional. De 13 a 23 de janeiro, Criciúma recebeu diversos skatistas de todo o Brasil para a primeira etapa do STU National, competição que abria o calendário nacional da modalidade. Agora, a partir de quarta-feira, 16, Balneário Rincão é o destino de esportistas internacionais para o Mundial Rincão de Beach Tennis Unimed.

De quarta a domingo, atletas de 14 países estarão disputando esse torneio, organizado pela Federação Internacional de Tênis, e a região já está preparada para acolhê-los. A italiana Flaminia Daina já chegou em Criciúma, onde ficará hospedada durante a competição. Ela faz parceria com sua compatriota, Nicole Nobile, que chega nesta segunda-feira, 14, e já está projetando o que as duas terão pela frente no Mundial.

"Viemos de uma vitória em outra competição e foi muito sofrida. O nível está crescendo demais. Nós já sabemos que cada jogo vai ser uma luta e nós estamos prontas para isso. A expectativa é nós nos divertirmos e darmos o nosso melhor. É uma montanha russa de emoção. Tomara que possamos nos entregar na quadra", afirmou ela.

Segundo Daina, a parceria, de quase três anos, teve início com bons resultados, mas passou por algumas dificuldades durante a pandemia e, até hoje, enfrenta a distância de mais de 9,1 mil km entre o Brasil e a Itália. O relacionamento das duas foi e é fundamental para o sucesso da dupla.

"Nós jogamos em 2019 e tivemos muitas satisfações. Ganhamos o Campeonato Olímpico de Praia, em Doha, naquele ano. Depois veio a pandemia, nós nos dividimos e agora voltamos. Eu moro no Brasil e ela na Itália, então é um pouco difícil. Mesmo quando eu estava na Itália, nós morávamos em cidades bem diferentes. O beach tennis é parecido com o casamento: é uma questão de química. Se dar certo, beleza. Se não der, é difícil. É uma questão de empatia", explicou.

Esporte italiano, mas radicado no Brasil

Segundo a Confederação Brasileira de Tênis, o beach tennis foi criado na Itália em meados de 1987. Mesmo sendo conterrâneo de Flaminia Daina, ela precisou sair do país de origem para conseguir continuar praticá-lo.  "Fala-se sempre que nasceu lá, mas foi criado aqui no Brasil. Eu sou de Roma e infelizmente nunca explodiu lá. O pessoal não conhece ainda e, para eu continuar meu sonho, mudei-me depois para cá", disse.

"Eu cheguei ano passado aqui. Eu conheci [o esporte] lá, mas pensei que fosse mais uma brincadeira das pessoas na praia. Então, eu descobri que era bem conhecido no norte do país, uma cidade chamada Ravenna. Mas, que bom que, aqui no Brasil, está crescendo muito. O pessoal está apaixonado pelo nosso esporte e  tomara que possa virar um pouco mais mundial", afirmou Daina.

O sucesso não é sinônimo de dinheiro

Apesar de todo o alcance que o beach tennis conquistou nos últimos anos, principalmente durante a pandemia, ainda não é possível viver sendo somente uma atleta profissional. O esporte segue firme no caminho para a profissionalização, que é o desejo de Flaminia Daina para as próximas gerações praticantes.

"Infelizmente, nós não temos a possibilidade de sermos só atletas. Eu estudei, fiz faculdade na Itália, mas, para poder viver, tem de dar aula. Tomara que quem vai vir depois da gente possa, de qualquer maneira, ser um atleta profissional no verdadeiro sentido da palavra. Dar aula e encaixar a vida de atleta não é fácil. Espero que um dia possam entrar patrocinadores para investir no nosso esporte, acreditar em nós e que nós possamos fazer o que gostamos", almejou Daina.

Confira a entrevista completa:

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