Repercute politicamente o pedido de impeachment contra o governador Carlos Moisés e a vice Daniela Reinehr, encaminhado à Alesc pelo defensor público Ralf Guimarães Zimmer Júnior. O pedido tem como base o aumento salarial, de R$ 33 mil para R$ 38 mil, o que, segundo o defensor, foi feito de maneira sigilosa. Nesta terça-feira, o prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon (MDB), criticou o pedido de impedimento contra Moisés.
Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, para falar sobre as obras no Paço Municipal de Içara, o prefeito pediu a palavra, inicialmente, para comentar sobre o processo contra o governador. Murialdo criticou o que seria uma banalização do pedido de impeachment no país, o que atentaria contra o voto popular.
"Olha o limite do absurdo que está chegando no país com o voto popular. Não votei no Carlos Moisés, mas ele foi eleito com uma votação histórica, em uma eleição democrática e popular. O voto popular não pode ser vulgarizado em propostas de impeachment como essa. Ele é o governador de Santa Catarina e ponto final. Tem que acabar com essa situação", disse Murialdo.
De acordo com o prefeito, a situação de impeachment foi banalizada não só com o que vitimou Dilma Rousseff (PT) em 2016. "Não só com a presidente Dilma, foi o impeachment do Décio Góes em Criciúma que foi um absurdo, foi o prefeito de Lauro Müller, a proposta que teve em Forquilhinha. A pessoa se dirige ao local do voto e a vontade tem que ser respeitada. Tem que ser algo muito grave para ter o afastamento e não por manobra política ou interesse corporativo contrariado", finalizou Murialdo.