Pesquisas feitas neste ano pela empresa Mastecard apontam que o e-commerce cresceu 7,3% no 1º semestre de 2019 no Brasil. Não há como negar que vivemos em uma era digital e as pessoas compram muito pela internet. No entanto, segundo o Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br), ainda existe um público grande que não tem esse hábito. Segundo a pesquisa realizada por eles, 83% dos entrevistados preferem comprar pessoalmente.
A criciumense Daniela Coninck faz parte desse grupo. De acordo com ela, existem produtos que precisam ser vistos, tocados e experimentados. “Eletrônicos e livros geralmente eu compro pela internet, porém quando estamos falando de roupas ou jóias, por exemplo, eu preciso experimentar e me sinto mais segura com isso”, afirma.
Criação de vínculos
Daniela também reitera que o atendimento pessoal é muito melhor do que aquele automatizado. Cliente da Rua Comercial Henrique Lage, ela garante que o tratamento recebido nas lojas onde é cliente a fidelizam. “É diferente tu conhecer o vendedor. Eles sabem meu gosto, me conhecem. Eu vou compro na Henrique Lage porque crio vínculos, que a internet nunca me dará”, acrescenta.
Erica Mendes, que é proprietária da Mek Joias, localizada na Rua Comercial Henrique Lage aponta que é justamente esse bom atendimento que faz com que a Henrique Lage seja hoje o lugar mais tradicional do comércio de Criciúma. “São gerações que compram conosco. Temos clientes que foram trazidas pelas mães, que foram trazidas pelas avós”, lembra.
Os vínculos criados, conforme Erica, ultrapassam o relacionamento de venda e formam amizades. “Aqui o pessoal é de casa! Muitas pessoas chegam a levar produtos para casa para experimentar e depois retornam com aqueles que não gostaram. Em outros lugares não acontece isso. É uma característica muito boa da nossa rua”, recorda.