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Na pauta da Câmara, o futuro do Porto Seco

Vereadores vão ao Sest Senat colher sugestões para qualificar o espaço que visa gerar empregos em Criciúma

Denis Luciano / Amanda Farias Criciúma, SC, 22/08/2019 - 18:23 Atualizado em 22/08/2019 - 18:34

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Sonho para empreendedores de Criciúma, a Cidade dos Transportes voltou à pauta em uma visita de vereadores ao Sest Senat nesta quinta-feira, 22. Provocados pela direção do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Sul de Santa Catarina (Setransc) e de proprietários de terrenos e residências da Rodovia Antônio Darós, no bairro Primeira Linha, uma comissão de vereadores visitou o local.

"Temos necessidades aqui. As principais são a rótula de acesso à Rodovia Antônio Darós, acesso que hoje é muito perigoso, já morreu gente ali em acidente. E precisamos da pavimentação de cerca de 900 metros de rua e também a iluminação, pois sem iluminação aqui fica tudo muito complicado", lamenta o presidente do Setransc, Lorisvaldo Piucco, que recebeu os vereadores.

O acesso ao Porto Seco carente de uma rótula

Com esses incrementos na infraestrutura, a expectativa é que finalmente o Porto Seco de Criciúma saia do papel. Hoje ele se resume a uma estrada duplicada de acesso com pavimentação e algumas poucas instalações. "É um projeto importantíssimo, que tiraria caminhões de dentro da cidade, concentraríamos tudo aqui, perto da Via Rápida, melhoraria a mobilidade e incrementará a economia local", enfatiza. "Fora que, sem a rótula, é um risco entrar e sair aqui, e sem a iluminação até o nosso atendimento à noite no Sest Senat, aos trabalhadores dos transportes e à comunidade em geral, fica complicado", complementa.

Há alguns anos, quando da atualização do projeto do Porto Seco - o original é de 1995 - calculou-se que a estrutura seria capaz de movimentar em média 28 mil veículos por mês.

Tráfego de caminhões é intenso na região

"Fomos convidados, viemos aqui ver essas dificuldades e confirmamos essas necessidades", disse o vereador Edson Paiol (PP), integrante da Comissão de Obras da Câmara. Os indicadores econômicos que cercam o projeto são animadores. "Temos mais de 50 empresas querendo se instalar aqui, para gerar empregos e renda, e não se instalam justamente por essa dificuldade de acesso para entrada e saída de veículos", pontua. "A Câmara abraça essa causa. vamos buscar soluções", destaca.

O vereador Miri Dagostim (PP), presidente da Câmara e que assume interinamente a prefeitura a partir desta sexta - na licença do prefeito Clésio Salvaro e do vice Ricardo Fabris - comprometeu-se a levar adiante as reivindicações durante o seu período no Paço, que se estende até 2 de setembro. "É uma pauta positiva para a cidade. Pedi informações sobre quantas empresas de fora serão instaladas aqui para apresentar números e valores, para um encaminhamento definitivo", garante. Dagostim explica também que pretende, para melhorar o acesso da Rodovia Antônio Darós ao Porto Seco, "pedir uma audiência pública e ver estudos para ou rebaixar a pista ou fazer uma rotatória".

Confira também - A discussão do Porto Seco

O empresário Marcos Richetti participou do encontro. Proprietário da Bebidas Amaretti, de Içara, ele levou o exemplo de quem quer investir no Porto Seco e hoje não o faz por falta de infraestrutura. "Temos 150 funcionários, 80 veículos, atendemos 46 municípios distribuindo bebidas, cerveja, refrigerante e água. Faturamos R$ 80 milhões por ano e estamos instalados em Içara, mas temos uma área aqui. Queremos nos mudar para Criciúma", conta. "Já erguemos um pavilhão aqui pensando nesse acréscimo que está para acontecer. Como demorou um pouco o projeto, retardamos a utilização. Temos dificuldades de usar com essa dificuldade de mobilidade. Quando eu iniciei a promessa era de que o trevo era uma consequência natural que aconteceria com rapidez muito grande", lembra. 

Richetti confia no desenvolvimento do Porto Seco, tanto que projeta a instalação da sua empresa no local para o início de 2020. "Acho que o Porto Seco vai crescer sim. Tem mais um terreno na cabeceira esperando que algo melhor aconteça", arremata.

Estiveram na reunião os vereadores Ademir Honorato (MDB), Dailto Feuser (PSDB), Edson Luiz do Nascimento (PP), Miri Dagostim (PP), Paulo Ferrarezi (MDB), Pastor Jair Alexandre (PSC), Tita Belolli (MDB) e Salésio Lima (PSD). 

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