A falta de asfalto na rodovia João Cirimbelli, que liga o Sangão ao Morro Estevão, é um drama recorrente na vida dos moradores do Sangão. A Associação de Moradores do bairro reclama que, além da estrada de terra que levanta poeira para as casas e leva insegurança para todos os que transitam, há no Sangão a usina de asfalto, que leva mau cheiro à região e não teve como contrapartida o asfaltamento da rodovia.
Na João Cirimbeli, são 800 metros de lajota e 2 quilômetros de terra. Ela inicia na Jorge Lacerda, no Sangão, passa pelo Morro Estevão e termina em Içara. Também é a estrada do santuário e pode ser uma alternativa ao anel viário. Porém, a poeira e os buracos são a realidade. Moradores do Sangão estiveram no Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior nesta segunda-feira, 13, para falar sobre os problemas enfrentados pela comunidade.
"Tá passando o tempo e as coisas não acontecem. É poeira e buracos. Quando dá enchente, alaga tudo. Dá acidente, caminhões caem nas valas laterais. É carro que passa na curva e capota, motocicleta que cai. A gente sai de casa cedo e o movimento já é intenso. É a ligação de dois bairros, mas também liga Forquilhinha a Criciúma, liga o santuário. Teve acidente na BR 101, quando o trânsito ficou interrompido e Marcajá. Qual o percurso? É por ali", apontou Max Zanette.
Segundo ele, são mais de 20 anos de luta para que seja feito o asfaltamento da via. luta pela pavimentação há mais de 20 anos. "Os vereadores já fizeram a parte deles. Nós estamos mais próximos, em reuniões com o prefeito e secretária. Tá na hora das coisas acontecerem nessa rodovia. São usuários de vários bairros e várias cidades", afirma.
Com a poeira, os moradores relatam que há muitos casos de doenças respiratórias. "O tráfego de caminhões lá é inacreditável. O pessoal reclama muito porque as casas balançam e a poeira é muita. Como a estrada é estreita, há sempre a preocupação com acidentes. A administração municipal é nossa parceira, mas eles têm que ver que somos moradores daquela região, famílias tradicionais que moram há 60 anos e pessoas novas também. Quando era o tempo do carvão, a gente sofria pelo carvão. Se forem lá cavar meio metro, vão ver a quantidade de brita que a gente respira", queixou-se a moradora Agmar Topanotti.