A saída de Humberto Ferreira do Criciúma após pouco mais de um mês de sua contratação foi um dos assuntos que chamou atenção durante a semana. Beto foi apresentado no dia 23 de fevereiro, como coordenador de preparação física do clube, função que segundo ele não conseguiu exercer. Em entrevista ao Som Maior Esportes, o profissional se mostrou chateado com a saída e pontuou os motivos que levaram a isso.
“Eu sou uma pessoa ansiosa e perfeccionista. Tenho 40 anos trabalhando pelos times grandes do Brasil e isso não me causa espanto”, disse. Ferreira afirmou que os primeiros contatos para voltar ao Tigre aconteceram no fim de 2017, sendo que ele não recomendou a contratação de Lisca, por não ter o perfil do clube. Ainda segundo ele, na época o Criciúma pensava na contratação de um treinador de ponta, citando Levir Culpi.
A chegada de Ferreira ao Criciúma aconteceu no fim de fevereiro e não deu liga com o treinador Argel Fucks, inclusive os dois foram apresentados juntos. “Eles voltaram a me ligar. Disseram que não podiam pagar muito, mas eu decidi ajudar. Ele trouxe outro treinador, que tinha dois auxiliares, eu fiquei sozinho”, afirmou.
Segundo Beto Ferreira, chegava ao clube todos os dias às 7h30 e sua principal função era auxiliar os treinamentos do futebol feminino. O profissional garantiu que a condição física apresentada pelos jogadores no início da temporada é culpa das mudanças de preparadores físicos.
“Ninguém sabe quem manda. Começamos a jogar alguns joguinhos e no outro dia fui comunicado. Eu não sai antes porque o Criciúma estava muito mal. Eu já tinha definido que sairia após o Catarinense. O treinador que administra treino, ele não é formado em Educação Física, eu não podia fazer nada”, esclareceu Ferreira.
Segundo ele, Argel Fucks dispensou jogadores durante um churrasco, informação que foi negada pelo superintendente Robson Izidro. Beto Ferreira deixou o Criciúma sem multa rescisória. Disse ainda que seu amigo Celso Roth havia recomendado não aceitar o convite.
Ainda sobre Argel Fucks, Beto Ferreira lembrou que trabalharam juntos no passado. “O treinador atual foi meu atleta no Palmeiras, ele estava afastado do grupo e eu fiz de tudo para ele voltar a jogar, e ele sabe disso”, contou. Ele deixa o Criciúma sem realizar a função que desejava e chateado pela forma como foi tratado, mas não fechou as portas para uma possível volta.
“Eu estava fazendo um relatório de tudo o que estava vendo. Tive uma reunião integrantes da comissão técnica, depois pedi uma reunião com o Robson (Izidro), com o Nei (Pandolfo) e com o Emerson (Almeida) e não fui atendido”, finalizou.