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No HSJosé, Irmã Anselma Bif além do cuidado com os pacientes tem outra grande paixão: a torcida pelo Tigre

Aos 85 anos, a religiosa torcedora do Criciúma acompanha pelo rádio cada partida disputada pelo clube

Por Redação Criciúma, SC, 24/01/2023 - 11:34 Atualizado em 24/01/2023 - 11:38
Foto: Divulgação
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A rotina de trabalho de Irmã Anselma Bif no Hospital São José de Criciúma, ganhou um novo compromisso desde o dia 15 de janeiro. Com o rádio em mãos e a confiança de torcedora, ela passou a acompanhar mais uma trajetória do Criciúma no Campeonato Catarinense. Além do cuidado diário com os pacientes, atenção e acolhimento às famílias e colaboradores, o Tigre ocupa também um lugar de destaque na vida da religiosa.

Nos seus 85 anos de vida, sendo 63 deles dedicados à Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora (IENS), Irmã Anselma Bif não esconde de ninguém a paixão que tem pelo esporte. "Ganhei até dos meus sobrinhos uma televisão para eu acompanhar os jogos da copa. Para mim o esporte é um meio muito importante para afastar as pessoas das drogas e de tantas outras coisas ruins que existem. Como professora, sempre fui uma incentivadora da prática. Por isso acho ele tão importante. É uma forma de mudar a vida das pessoas", garante a religiosa.

A torcida pelo Criciúma, no entanto, chegou um pouco mais tarde na vida dela. Foi em 1990 que ela teve um contato mais próximo com o clube. "Foi engraçado. Eu estava em uma missão em Tavares no Rio Grande do Sul e resolvemos visitar algumas famílias, quando vi um senhor andando na minha frente com a camisa do Criciúma. Logo atrás de mim estava um outro senhor, o João Rosa, e ele me disse: Irmã Anselma, não adianta fazer propaganda, o Criciúma aqui não vai 'vingar'. Ele como gremista me falou isso. Mas pelo jeito, o Criciúma vingou, tanto que em 1991 ganhou a Copa do Brasil, logo em uma final contra o Grêmio", comenta sorrindo.

Desde então, ela sempre acompanha o Criciúma, em quase todos os jogos. "Ouço sempre pelo rádio. No penúltimo jogo do Criciúma, que foi à tarde, consegui terminar meu trabalho mais cedo e vim para o quarto escutar o jogo. Meu problema de visão acaba dificultando um pouco assistir pela TV, mas o rádio é sempre meu companheiro. Sei quase todos os jogadores, sei das próximas partidas. Subimos a serra e conseguimos trazer um empate de Chapecó, agora precisamos ganhar do Marcílio Dias na quinta-feira. Vai ser um jogo difícil, mas em casa a torcida ajuda também", comenta a torcedora.

Entre as memórias vivenciadas por ela estão os dois jogos contra o Grêmio pela série B do Campeonato Brasileiro do último ano. "Como morei um certo tempo no Rio Grande do Sul, tenho muitos amigos lá e vários gremistas. Antes do primeiro jogo, teve aqueles que me chamavam para dizer que iríamos perder de goleada. Pois não é que empatamos o jogo lá? Quando terminou a partida, fiz questão de ligar e perguntar onde estavam os gols que não vi", conta entre risos.

O mesmo ocorreu no jogo de volta, no Heriberto Hülse. "Nesse jogo eu até iria, mas por causa de um compromisso, não consegui assistir. Importante é que conseguimos ganhar de 2 a 0 e acompanhei tudo pelo meu rádio. Foi mais um dia divertido", comenta.

Apesar de não ter acompanhado ainda nenhum jogo no estádio e a única recordação com as cores do Criciúma é uma foto com o mascote do clube em uma visita feita ao HSJosé, a torcida pelo clube não diminui. "Vai ser assim para sempre. O esporte vai sempre comigo. Vejo ele como um cuidado com as pessoas, assim como fazemos aqui no hospital. Agora é seguir torcendo para irmos bem em todas as partidas que irão ocorrer esse ano. A minha torcida segue firme aqui", garante.

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