A partir deste 1º de janeiro os catarinenses passam a ser governados por Carlos Moisés da Silva (PSL). A vice-governadora será Daniela Reinehr (PSL). A posse está marcada para as 16h na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
Assim como é do perfil mostrado até o momento pelo novo governador, a posse será breve e sem maiores pompas. Cabe ao presidente da Alesc, assim como determina o artigo 40 da Constituição Estadual, conduzir a sessão solene e dar posse aos novos comandantes do Estado. Moisés e Daniela serão empossados pelo deputado Silvio Dreveck (PP). Antes de seguir para a Assembleia Legislativa, haverá uma missa na Catedral Metropolitana de Florianópolis.
Reforma Administrativa é a principal bandeira
Desconhecido do meio político, Moisés foi indicado candidato pelo PSL, que tem como maior referência o presidente eleito Jair Bolsonaro, em convenção no dia 5 de agosto. Surpreendeu quando no primeiro turno, realizado em 7 de outubro, chegou à frente de Mauro Mariani (MDB). Foi para a disputa com Gelson Merisio (PSD) e venceu de forma tranquila com mais de 71% dos votos dos catarinenses.
E foi a partir do dia 29 de outubro que Carlos Moisés pode mostrar de forma mais clara como será seu governo. Logo neste dia já se reuniu com o atual governador Eduardo Moreira (MDB). A transição iniciou e transcorreu de forma tranquila e com todas as portas do Estado abertas.
Uma equipe foi formada e todas as atenções foram voltadas à coleta de informações e elaboração da reforma administrativa. Chegou-se a cogitar que seria encaminhada para a apreciação dos deputados ainda em 2018, mas logo depois ficou decidido que ficaria mesmo para fevereiro, início da nova legislatura.
A extinção das Agências de Desenvol-vimento Regional (ADRs). A Casa Civil e a Procuradoria-Geral do Estado seguem exercendo seu papel junto ao Governo. A Defesa Civil passa a integrar o gabinete do governador, na qualidade de uma secretaria executiva. A Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) será integrada à Casa Civil como uma secretaria executiva. Além da extinção das Secretarias de Planejamento e Turismo. São as principais mudanças que deverão ser apresentadas aos deputados.
Também está proposto um formato diferente na Secretaria de Segurança Pública, que será gerida pelo Colegiado Superior de Segurança Pública. Os comandantes de cada uma das instituições se revezarão na presidência. O colegiado será constituído pela Polícia Militar, Bombeiro Militar, Polícia Civil e Instituto Geral de Perícia. Para que o andamento dos trabalhos administrativos siga sem alterações, entre a transição de um presidente e outro, existirá um diretor-geral, nomeado também pelo governador eleito. O primeiro presidente será o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Araújo Gomes.
Esmeraldino, quase senador, é secretário
Na esteira das surpresas que marcaram a eleição de outubro em Santa Catarina, o PSL por pouco não elegeu também um senador. O ex-vereador Lucas Esmeraldino, de Tubarão, entrou na disputa por uma das duas cadeiras catarinenses no Senado Federal e faltaram apenas 17 mil votos para ele suplantar o então deputado federal Jorginho Mello, eleito pelo PR.
Esmeraldino foi o primeiro líder da estruturação do PSL em Santa Catarina, tendo recebido do então presidenciável Jair Bolsonaro a responsabilidade de montar o partido no Estado. Entrou na disputa ao Senado para representar o partido, as pesquisas apresentavam um tímido crescimento, mas, na reta final, atropelou concorrentes tradicionais, como Raimundo Colombo e Paulo Bauer. Ele fará parte do secretariado.