Assédio moral, falta de ração, medicamentos, profissionais e animais no meio da sujeira são os problemas identificados na manhã desta segunda-feira (16), em fiscalização do Conselho Municipal de Saúde ao Núcleo de Bem-Estar Animal de Criciúma (NUBEA) e que serão levadas ao Ministério Público. A informação é do Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Júlio Zavadil. "Tivemos aqui muitos problemas, mas é a terceira ou quarta vez que nós estamos voltando aqui pelo mesmo motivo, que é falta de medicamento e nós ainda temos problemas com medicamento, nós temos problemas com vacina, problema estrutural, de higiene e nós temos problemas de assédio moral. As pessoas não querem mais ficar aqui, a veterinária pediu exoneração, a higienizadora também não quer ficar aqui e a higienizadora, aqui é de extrema importância essa higienização. Nós temos cachorros ali dentro, uma cachorra que foi esfaqueada e ela tá no meio da sujeira, nós temos uma outra cachorra que não consegue nem andar, que tá doente e tá no meio da sujeira. Tem vereador mandando aqui buscar coisas aqui, ração. Isso não existe. Isso aqui é público. Isso aqui não é um puxadinho da Câmara de Vereadores ou coisa parecida. Vamos nos reunir com a promotoria hoje à tarde e levar todo esse descaso", destacou.
Ouça o que disse o Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Júlio Zavadil, sobre o descaso no NUBEA, no Programa Adelor Lessa, na rádio Som Maior:
O gerente de Saúde Animal da Secretaria de Saúde de Criciúma, Andrei Manoel, confirmou a situação da transferência de profissionais e disse que os problemas começaram a ser resolvidos pela equipe que assumiu recentemente a adiministração do local. "A equipe hoje começa novamente a ter vontade de trabalhar porque nós assumimos aqui a gestão do núcleo. A gente tem ração de posição, a gente tem insumos. Nós temos realmente uma falta de vacinas. Nós tivemos um erro numa antiga gestão aqui do núcleo de deixar por se acabar, então a gente já corrigiu. Nós não temos um insumo disponível, mas também não vai deixa faltar. Nunca chegou a faltar ração, o que aconteceu foram baixas no estoque", explicou. Ele detalhou também sobre a questão de assédio moral. "Nós temos dois pedidos para sair. A higienizadora fez esse pedido há dois anos e saiu o deferimento na sexta-feira. Ela pediu e foi transferida porque ela mora na cidade de Foquilhinha e queria atuar perto da residência dela. Sobre o outro pedido, que é da médica veterinária, na semana passada foi tratado isso, eu conversei com ela, eu pedi todo o apoio, porque ela é ótima, mas é claro que na saída dela a Secretaria de Saúde possui uma outra médica veterinária, então nós não ficaremos sem o amparo aqui no serviço", sublinhou.
Ouça o que disse o O gerente de Saúde Animal da Secretaria de Saúde de Criciúma, Andrei Manoel, sobre as denúncias do Conselho Municipal de Saúde: