A mobilidade elétrica representa inovação sustentável e tecnológica, tendo contribuído para a diminuição das emissões de poluentes e alternativa para as pessoas que procuram formas de locomoção ambientalmente corretas. Pensando nisso, o Núcleo de Mobilidade Elétrica (NME) da Satc conclui o primeiro ano de estudos, metodologias e práticas para o desenvolvimento de veículos elétricos. Para 2019, será realizado uma nova proposta que visa elaborar um carro adaptado para pessoas com deficiência física movido à eletricidade.
O projeto Inowattis, pioneiro do NME terá sequência em 2019 objetivando desenvolver novos estudos, melhorias e rodar mais por Criciúma. Será implantado um computador de bordo, onde terão informações do carro em tempo real por meio de um tablet. “Será instalado um sistema aquisição de dados para armazenamento, que será utilizado com sensores externos dando uma análise completa dos testes que serão realizados”, relata o acadêmico de Engenharia Elétrica, Fernando Coan.
Outra perspectiva que será desenvolvida em 2019, é a realização de testes diferenciados com o veículo, a partir de modificação das configurações do inversor, que condiciona a energia das baterias, alimenta e faz o acionamento e controle do motor.
A aquisição da placa verde para circulação do veículo em vias públicas de Criciúma, trará novas possibilidades de estudos e análise de dados do Inowattis. “Teremos diferentes condições de uso, assim conseguiremos entender melhor o consumo do veículo, a autonomia do banco de baterias entre outras variáveis importantes do processo, com isto, realizaremos ajustes no intuito de otimizarmos a performance do mesmo, agregando mais conhecimento técnico ao NME”, informa o coordenador do Núcleo de Mobilidade Elétrica, André Tavares.
Plataforma didática da Mobilis
Possibilitando novos estudos e pesquisas na área de veículos elétricos, a plataforma didática adquirida pela Satc junto à empresa Mobilis, viabilizou novos conhecimentos e práticas diferenciadas de ensino aprendizagem.
A plataforma ficou disponível para as mudanças e ajustes sugeridos pelos acadêmicos e professores. Sendo assim, para o próximo ano a proposta para o veículo é o desenvolvimento de um piloto automático. A iniciativa será aplicada no próximo ano. “Alunos da 7ª fase do curso de Engenharia Elétrica elaboraram um estudo interdisciplinarmente, que visava o controle de velocidade do carro automaticamente, já que não possuía”, destaca Tavares.
Outro planejamento que será executado é um processo em que as baterias sejam recarregadas sempre que os freios forem acionados. “Esse mecanismo já é utilizado no Inowattis, no qual estudamos o algoritmo e estamos tentando implementa-lo no veículo da Mobilis”, expõe o acadêmico de Engenharia Elétrica, Pedro Vitor Salvaro.
Proposta inovadora
Desafio e criatividade norteiam o novo projeto apresentado pelo NME para o próximo ano, em que proposta visa o desenvolvimento de um carro elétrico adaptado para pessoas com deficiência física. A fase inicial da proposta é a elaboração do design, já que o veículo será a partir de uma plataforma da empresa Mobilis que já possui adaptação, porém, que sofrerá alterações a partir da nova concepção.
O professor responsável pelo design do veículo, Rodrigo Casteller, explica que estão sendo feitas análises de meios de acesso e como será o interior do automóvel. “Primeiro pensamos nas necessidades de locomoção, de que forma uma cadeira de rodas possa entrar facilmente no carro e também ser utilizada como banco”, pontua. Acessibilidade e comodidade são algumas metas da iniciativa.