A ideia de se transferir a sede do Serviço Aeropolicial (Saer) Sul para o Aeroporto Diomício Freitas voltou a ser colocada em pauta nesta semana, desta vez, na Câmara de Vereadores de Forquilhinha. O presidente do Legislativo, Maciel Da Soler solicitou à Administração Municipal, por meio de uma indicação, que estude a ideia e encaminhe um ofício à Secretaria de Estado da Segurança Pública, comunicando sobre a possibilidade.
Desde a sua implantação, o Saer Sul já realizou em torno 800 missões na região. “Considerando que a aeronave já abastece no aeroporto Diomício Freitas, seria economicamente viável a sua instalação no mesmo local, e claro aumentaria a eficiência nos pousos e decolagens, melhorando assim toda a logística deste serviço. Atualmente, a parte operacional está muito ruim, por isso fiz essa indicação”, completa.
O coordenador do Saer Sul, delegado Gilberto Mondini, confirma que a atual estrutura que abriga o serviço, na Vila Macarini, está em situação bastante precária, com problemas envolvendo a instalação elétrica e goteiras, por exemplo. “Já tentamos negociar de todas as formas com o proprietário e a imobiliária, mas o imóvel está em um processo de divórcio litigioso, ou seja, não temos perspectiva por parte deles, e a polícia não vai investir em um local que não é dela”, avalia.
Quem participou de conversas sobre o assunto foi, também, o presidente da Associação Empresarial de Criciúma, Moacir Dagostin. Para o empresário, há diversos pontos que tornam necessária a mudança de endereço da sede do Saer Sul. “Primeiro que a aeronave vai de duas a três vezes por dia abastecer no aeroporto, o que consome muito combustível. E segundo que tem a parte da vulnerabilidade, hoje eles estão localizados do lado de uma rodovia, sujeitos a vandalismo, no meio da população”, elenca.
Diante deste cenário, o delegado acredita que uma sede no Aeroporto Diomício Freitas seria viável e positiva. “Mas teríamos que construir um espaço, uma vez que os hangares estão todos lotados. Há a sugestão que usássemos o local onde ficavam os bombeiros, mas este também está precário, sem contar que não caberiam a aeronave e as viaturas. Se fosse para usar, seria preciso reformar e ampliar”, acrescenta.
Mobilização por recursos
Até o momento, não há nenhum recurso garantido para viabilizar essa transferência. De acordo com o presidente da Câmara de Forquilhinha, ainda seria preciso avaliar a forma mais economicamente viável, seja reforma ou construção. “Mas poderíamos tentar viabilizar uma parceria público privada a nível de Associação dos Municípios da Região Carbonífera, consórcios ou com o Governo do Estado”, sugere.
O presidente da ACIC ainda lembra que, o local onde o Saer está atualmente já foi disponibilizado por meio de uma mobilização da força empresarial da região. “Só que não se pensou, na época, em levar o serviço direto para o Diomício Freitas. Neste momento, o que faltaria seria uma mobilização, alguém tomar a frente no sentido de iniciar essas tratativas, alguma liderança política no sentido de transformar a ideia em algo definitivo”, finaliza.