A crise econômica brasileira deixou como herança um alto índice de desemprego, ociosidade industrial elevada setor privado endividado, retração de investimentos públicos e privados, colapso financeiro de estados e expansão da dívida pública. O Brasil não vai bem. O responsável por estas informações é o doutor em Economia, Carlos Braga, durante entrevista ao Jornal A Notícia, de Joinville.
Braga estará na Expomais para tratar do futuro do país. Ele afirma que o Brasil tem uma colocação insignificante no mercado internacional. "O Brasil permanece entre as economias do G20 como uma das mais fechadas do mundo e a nossa participação no comércio internacional é medíocre, para o tamanho e sofisticação da economia brasileira", ressaltou.
Por outro lado, a crise financeira teve seus pontos bons, como o controle da inflação e a queda da taxa de juros, conforme ressaltou Braga. Segundo ele, no âmbito da política monetária estes resultados são positivos. "Mas o grande desafio consiste em mantê-los se o desequilíbrio fiscal não for corrigido. Caso o Brasil consiga manter a inflação sob controle e os juros mais baixos, tais resultados têm o potencial de revolucionar o mercado financeiro a médio prazo, melhorando a alocação de recursos e diminuindo o serviço das dívidas", afirmou.
Criatividade é o ativo da economia
A criatividade é um fator chave para se reinventar e superar crises. Segundo Ana Carla Fonseca Cainha, que é referência internacional quando o assunto é economia criativa, a lógica de [economia e sociedade industriais que ainda é muito presente.
“Quando ouvimos declarações de 'Você é pago para fazer e não para pensar', a gente traz uma lógica de que as pessoas são remuneradas por uma produção em uma linha industrial, por hora. Nesta época, existia uma diferença entre trabalhar, estudar e se divertir. Mas é preciso reconhecer que o grande ativo da economia é a criatividade humana, e ela não se processa por horas trabalhadas, já que ela flui o tempo todo. Quando isso passa a ser confluente, essas dimensões entre o trabalhar, estudar e se divertir, elas levam a criatividade a tomar uma outra percepção, contribuindo até para processos colaborativos de trabalho", afirmou.
Ana Carla é economista e escreveu, nos últimos 15 anos, obras sobre economia criativa, participou da construção de projetos para empresas, governos e instituições, além de participar da publicação do relatório da ONU que avalia o impacto da criatividade e da inovação no desenvolvimento dos países.
Para ela, a economia industrial é centralizada e hierárquica, já a criativa trabalha em rede. Desta forma, as ideias vão convergindo e se formando. “Você passa a perceber o valor de cada um individualmente para a resolução dos problemas da sociedade, e como a soma desses valores contribuem para a resolução efetiva de problemas macro e estruturais que antes nós não conseguíamos encontrar", completou.
Vem aí, a Expomais
Troca de conhecimentos, apresentação de cases, vivências com o uso das tecnologias, bate-papos, painéis, labs e um time de palestrantes tornam a Expomais um dos eventos mais completos para público relacionado às áreas de marketing, administração, inovação e sinergia. O evento promete ampliar a percepção de seus participantes, por meio de temas convergentes, focados nas tendências do mercado.
A Expomais acontece nos dias 17 e 18 de outubro na Associação Empresarial de Criciúma (Acic). Os ingressos já estão à venda no expomais.com. O evento é uma cocriação entre entidades empresariais e instituições educacionais aliadas ao desafio de proporcionar momentos únicos de conhecimento, que navegam entre os conteúdos apresentados pelos seus palestrantes. São elas: ACIC, CDL de Criciúma, Esucri, IFSC, Satc, Sebrae, Senac, Senai e Unesc.