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O fim da antena do Santo Antônio

Após quatro anos brigando na Justiça, parcela da comunidade comemora o desmonte do equipamento

Por Fagner Santos Criciúma, SC, 06/11/2018 - 08:25
Fotos: Fagner Santos / A Tribuna
Fotos: Fagner Santos / A Tribuna

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O espocar de fogos de artifício anunciou, ontem à tarde, a comemoração da comunidade do Bairro Santo Antônio que era contrária à operação de uma antena de telefonia celular na rua Gelson Locks. Após uma longa briga, a estrutura, com 50 metros de altura e erguida em 2014, foi desmontada. O Ministério Público encaminhou, há quatro anos, a denúncia de irregularidades que partiu de moradores dos arredores.

O equipamento, que nunca chegou a entrar efetivamente em operação, estava preparado para distribuir sinal de diversas operadoras de telefonia por um raio de nove quilômetros. Entretanto, os vizinhos do terreno alegavam que a antena poderia prejudicar a saúde além de oferecer riscos à segurança de pedestres e casas próximas, não obedecendo aos 300 metros mínimos de distância das residências. 

Danos às construções

“Construíram o muro da antena colado em alguns muros de residências, e uma das casas anexas à estrutura está com rachaduras nas paredes”, apontou a moradora Sônia Inácio Bussolo. “Temos muitos idosos que circulam pelo bairro, e o medo de cair tudo em cima de quem passa perto e também de quem mora perto é grande”, alegou. Além da segurança física, a principal crítica à obra seria a possível radiação emitida pelo aparelho. Em 2014, protestos com o lema “Diga não à antena e sim a saúde” foram realizados. 

Entretanto, nem todos concordam com a remoção. O morador José Albino acredita que a estrutura deveria ter permanecido no local. “Como já estava instalada, que ao menos pudéssemos utilizar os serviços”, comentou. Ainda assim, Albino foi o responsável pela queima de fogos a cada parte do poste removida na tarde passada, enquanto uma dezena de vizinhos assistia tudo.   

Houve muita revolta

A decisão do desmonte da antena resultou de um sentimento de muita revolta da comunidade. “Todos os moradores queriam a construção da antena barrada, mas foi construída mesmo assim, após idas e vindas no judiciário”, explicou Emerson de Souza Gabriel, que presidia a associação de moradores na época. Já a atual presidente, Ana Lúcia Abreu, parabeniza a persistência da comunidade. “É algo que vem há anos e, se todos se sentiram lesados pela instalação, deveriam continuar a buscar a remoção, como realmente fizeram”. 

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