Se tem uma pesquisa que brasileiro faz mesmo que informalmente, é do preço da gasolina de um lugar para outro. Não é diferente aqui pela região. Por isso tem chamado a atenção de alguns o fato de, em um raio de pouco mais de 50 quilômetros, haver uma diferença substancial nos valores. Enquanto em Tubarão o litro do combustível mal ultrapassa os R$ 3,80, em Criciúma avança dos R$ 4.
“Em Tubarão, os preços da gasolina giram em torno de R$ 3,69, enquanto em Criciúma, mais uma vez, extrapolam os preços. Nós estamos pagando aqui R$ 4,199 por litro. Um abuso”, comentou Luiz Donizetti, ouvinte da Rádio Som Maior, ao circular pelas duas cidades.
Segundo o coordenador do Procon Criciúma, Gustavo Colle, a pesquisa dos preços da gasolina é feita semanalmente pelo órgão desde novembro do ano passado, com o intuito de incentivar a concorrência entre os postos e fazer com que os consumidores tenham acesso livre a esses valores. “Nós constatamos que, de umas quatro semanas para cá, o valor em Criciúma vem se mantendo o mesmo, uma média de R$ 4,19. Mas o comércio é livre para a concorrência, então cada posto coloca o seu valor operacional que depende de frentistas, impostos e energia. Talvez isso explique o porquê de algumas cidades terem uma gasolina mais cara, ou mais barata, do que em Criciúma”, observa.
A versão dos postos
Empresário e dono do posto São Pedro, de Criciúma, Paulo Roberto Benedet explica que a situação dos donos de postos de gasolina também é complicada, alegando que manter o funcionamento da empresa é, muitas vezes, uma tarefa difícil. “A Petrobrás repassa os aumentos fracionados para as companhias, no nosso caso a Ipiranga, e essas repassam para nós, sendo que estes aumentos de preços não são divulgados, somente para quem acompanha o portal da Petrobrás”, diz Roberto.
O empresário comenta também que elementos como o biodiesel e o anidro, misturados no diesel e na gasolina respectivamente, possuem plataformas de reajustes diferentes e, quando o preço aumenta, a situação complica ainda mais para os postos de gasolina. “Para mantermos um posto aberto o custo é muito alto, em média de 15 a 20 funcionários, com uma carga de tributos de vários órgãos elevada e muitas exigências a serem cumpridas. Hoje, trabalhamos com margem bruta em torno de 10%, o que compromete o setor, pois ainda temos os custos dos cartões”, conclui o empresário.
Abaixo, a nota na qual ele confirma o preço de compra para os revendedores, e que está exposta no seu posto, no Bairro Próspera.