Considerado um dos principais presidentes do Criciúma Esporte Clube, Moacir Fernandes foi entrevistado por Mano Dal Ponte e Pity Búrigo no Programa do Avesso, da Rádio Som Maior. Ele tem duas passagens pelo Tigre, sendo a primeira entre 1985 e 1993 e a segunda de 2000 até 2007. O primeiro mandato começou logo após a mudança de nome, de Comerciário para Criciúma.
"Eu ajudei na época, comecei lá em 78, para dar uma ajuda no patrimônio, depois comecei a dar ajuda ao presidente Antenor Angeloni. Na sequência da coisa, o presidente era para ser o Jaime Zanatta. Tinha 50 numa sala e ninguém queria, quando faltavam quatro ou cinco suspenderam a reunião, então o Jair Conti pediu para eu assumir”, lembrou.
Durante seu primeiro mandato, venceu por quatro vezes o Campeonato Catarinense, em 1986, 1989, 1990, 1991, além é claro da Copa do Brasil de 1991. Procurava manter um elenco enxuto, com menos de 20 jogadores, para não comprometer as contas do clube. Também era preciso ter cuidado no tratamento com os atletas.
“É preciso entender que dentro de campo todo jogador vira artista. Você jogando futebol o sangue tá a mil, não pode chegar a dizer qualquer coisa, tem que esperar uma hora. Meia hora após o jogo o jogador ainda não está no seu estado normal para conversar”, afirmou Fernandes.
Na segunda passagem conquistou o título da Série B, em 2002. Anos depois a equipe acabou sendo rebaixada para a terceira divisão, conquistando o título em 2006. Deixou o cargo em 2007, quando o Criciúma disputava novamente a Série B.
Copa do Brasil
“É um título nacional, que disputamos Libertadores, marcou a época, tanto é que não chegamos nunca mais próximos da decisão desse tipo. Encaixou naquela época e deu certo. Nós já vínhamos em uma sequência, tínhamos um tricampeonato estadual, tiramos Série C, Série B, dos títulos que tem aí só não ganhamos a primeira divisão", analisou.
Confira o Programa do Avesso na íntegra: