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O que Criciúma precisa fazer para atrair empresas?

Programa Adelor Lessa promove mesa redonda com três empresários da região para debater tema (Áudio)

Por Redação Criciúma - SC, 08/02/2018 - 11:32 Atualizado em 08/02/2018 - 11:48
(foto: Clara Floriano)
(foto: Clara Floriano)

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O Programa Adelor Lessa desta quinta-feira (8) recebeu os empresários de segmentos distintos: César Smielevski, sócio-fundador da Betha Sistemas, do ramo de tecnologia, Edson Gaidzinski Junior, presidente da Eliane, do setor cerâmico e Frank Hobold, diretor-geral da Plasson do Brasil, empresa de implementos para a avicultura e suinocultura, para uma mesa redonda sobre como atrair novos investidores para Criciúma e região.

“A região precisa ser vendida. Isso tem que partir do poder público, mas tem que ter união de empresários e de classe trabalhador. Tem muitos entraves que precisam ser resolvidos. O município que quer trazer indústria forte precisa se estruturar e buscar mecanismos de fomento”, destacou Hobold.

Para o diretor-geral da Plasson, o município de Criciúma não tem hoje um atrativo para empresários. “Não vejo no nosso município algo que seja determinante para que alguém invista aqui. Isso tem que vir de todos, não só da municipalidade, do Poder Público, mas tem que unir a todos, inclusive a classe trabalhadora”, disse.

O empresário César Smielevski, afirma que o problema na região é estrutural. “Eu acho que primeiro, nós temos 11 faculdades na região e pouquíssimas dela se dedicam a mão de obra técnica. Apenas 4% do trabalhadores brasileiros são técnicos, enquanto na Alemanha 50% são técnicos. Então precisamos desse médio técnico para aumentar a eficiência nas nossas indústrias”, explicou.

Outro problema apontado pelo representante da Betha Sistemas, é o custo do trabalhador. “Nos últimos dez anos, até 2016, com relação aos dissídios, em média as regiões de Joinville, Jaraguá do Sul e Caxias do Sul, que são parecidas com a nossa, deram o IPCA mais 6%. Em Criciúma, foi mais 49%. Tudo isso em função da força sindical laboral. Houve distorção no custo do nossa trabalhador. Temos que arrumar essa questão’, disse.

Hobold destacou ainda que, diferente do que se acredita, o empresário não vem em busca de terrenos ou de ajuda de construção. “Isso para mim é a maior falácia que existe. Empresário vem atrás de condições de montar o seu negócio. Se não tiver um office de fomento que encaminhe esses pleitos dos empresários, terreno não vai atrair indústria”, esclareceu.

Já Gaidzinski, concordou com Smielevski, explicando que as características de um país desenvolvido são a infraestrutura, educação e marca global. “Você procura mão de obra especializada. Esse funcionário que trabalha em uma empresa que está sendo treinado tem uma característica de empreendedor. O governo deve trabalhar a questão e infraestrutura e educação. A gente, aqui na região, bate palma para oito quilômetros de asfalto, mas a questão é maior que isso. São muitos entraves, então quem vem de fora não vai querer investir”, esclareceu.

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