No mercado financeiro, os contratos de compra ou venda com preços específicos, sem oscilação, são chamados de Opções. Divididos entre Call (compra) e Put (venda), as opções servem para determinar um preço único para uma ação que será adquirida em um dia futuro.
“Suponhamos que eu tenho um carro que vale R$ 100 mil e decido fazer um seguro. Acontece que eu entrei em um acidente e bati o veículo, ele virou sucata e o seu valor em material agora é R$ 20 mil. Mas o seguro de R$ 2 mil por ano me garante a venda do carro à R$ 98 mil. É como se eu tivesse feito uma opção de Put, de venda, à R$ 98 mil. Não importa se meu carro passou a valer R$ 20 mil, eu tenho uma Put determinando o direito de R$ 98 mil”, exemplificou o assessor de investimentos, Gustavo Guarnieri.
O mesmo contrato que determina um preço único pode ser feito, também, para compra de um ativo. Com isso, não importa se a ação valorizou ou desvalorizou em uma semana, no dia determinado para compra ou venda, o seu valor será o mesmo indicado no contrato.
“Suponhamos que eu tenho uma casa de R$ 500 mil e alguém quer comprá-la. Mas a pessoa diz que não tem o dinheiro agora e só daqui a 28 dias, mas quer que eu segure a residência porque ela vai comprar. Aí entra a questão de: e se outra pessoa também quiser a minha casa, qual garantia de venda eu tenho para quem eu segurei? No mercado financeiro, a garantia é porque a pessoa comprou um contrato para a compra da minha casa, ou seja, comprou uma call”, disse Guarnieri.
Ainda no exemplo de uma call, o assessor de investimentos destaca que a casa, por exemplo, poderia ser colocada para R$ 520 mil mais o valor do contrato - uma maneira de cobrir a possível valorização que ela teria em um determinado período de tempo.