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O tamanho do prejuízo dos que promovem shows e feiras

"Ninguém sabe, mas teria Gusttavo Lima no domingo", conta um produtor. "O Centro de Eventos não tem mais agenda", lamenta outro

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 22/09/2020 - 16:17 Atualizado em 22/09/2020 - 17:24
Duda Manentti e Xororó, promotores de eventos na manifestação desta terça em Criciúma / Foto: Gregório Silveira / 4oito
Duda Manentti e Xororó, promotores de eventos na manifestação desta terça em Criciúma / Foto: Gregório Silveira / 4oito

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A triste situação vivida por quem vive da cadeia da promoção de eventos em Santa Catarina está retratada com fidelidade na manifestação da tarde desta terça-feira, 22, em Criciúma. Empresários e trabalhadores fazem, a partir das 16h30min, uma caminhada pela Avenida Centenário, a partir do Parque das Nações até o Terminal Central. Será cenário para expôr a dura realidade de quem está há um semestre sem faturar por conta dos impedimentos impostos para o controle da pandemia de Covid-19.

"Não é um protesto de briga, é uma manifestação para que os órgãos públicos vejam que temos muitas contas a pagar. Temos funcionários, mas a partir de agora está ficando muito complicado. É muito prejuízo, quanto maior a empresa, maior o prejuízo, o meu não vai ser dos menores", contou o empresário Joelson Medeiros, o Xororó, da X9 Promoções. "Estamos aguardando essa liberação para fazer eventos e shows. Eu sei que a doença existe, eu mesmo peguei Covid. Mas a vida tem que continuar. Quase tudo está aberto no Brasil inteiro", frisou, em entrevista à Rádio Som Maior.

Xororó conta que tinha uma pré-agenda para o último domingo com o cantor Gusttavo Lima na região. "A gente tinha Gusttavo Lima em Urussanga em março, ninguém sabe, mas seria domingo passado, dia 20 de setembro, ainda bem que eu nem anunciei. Henrique e Juliano, Alok no sábado de Páscoa no Mailing Lagoa", enumerou. "A gente espera que acabe o quanto antes isso tudo para voltar à rotina de trabalho", emendou.

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Em discussão, a volta dos eventos com cuidados garantidos

As produções musicais lidam, em se tratando de artistas do circuito nacional, com contratos expressivos. "Como produtor da X9, a gente contrata e tem que mandar uma grana, conforme o cachê, R$ 50 mil, R$ 100 mil, como vários contratos assim já havíamos feito. Não significa que não vamos ter de volta, mas não é muito fácil", observou Xororó. "Os ingressos, se a pessoa não quiser de volta, ela poderá ir no evento ou em outro evento se quiser", detalhou.

O empresário garantiu que as medidas de segurança serão respeitadas quando da volta dos eventos em Santa Catarina. "A gente vai cumprir, com certeza. Estamos vendo que os bares estão cumprindo os decretos, está cheio, mas estão cumprindo. Nós também, se não cumprirmos, a saúde é do público em geral e a nossa, todo mundo vai querer cumprir", destacou.

Centro de Eventos parado

O empresário Eduardo Milanez Manentti, o Duda da Duda Produções, é o administrador do Centro de Eventos José Ijair Conti, que foi cedido pela prefeitura para um contrato de gestão privada. 

"O Centro de Eventos está com toda a sua agenda cancelada, não temos mais um evento para esse ano, somente para 2021. A economia de toda a região era movimentada, não somente as vendas dos expositores, mas quem trabalha ali, da limpeza, restaurantes, montagem, envolve uma cadeia muito grande que está paralisada", contou. "Eu penso que o Governo do Estado está analisando os eventos, colocando tudo dentro de uma panela e simplesmente não fazer e pronto", reclamou. "Não é assim que funciona. Tem inúmeras famílias que sobrevivem, que dependem dos eventos. São como quaisquer empresas, com planejamento. Como agora, deixa o setor sem realizar eventos, é muito complicado", emendou.

Duda provocou uma reflexão sobre o tempo sem arrecadação. "Estamos há mais de seis meses sem faturamento. Imagina ficar seis, sete meses sem salários. Diretamente nós estamos com 15 funcionários e indiretos é uma cadeia grande, os contratos de segurança, limpeza e manutenção estão sendo cancelados", observou.

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O drama do setor de eventos

Ele reclamou, ainda, da falta de uma atenção especial pelo Governo do Estado. "Exatamente. Na verdade, o nosso setor não teve um olhar especial, foi simplesmente deixado de lado, não vamos realizar eventos, foi trancada a possibilidade de realizar eventos", frisou. "Qual a diferença de uma feira estar sendo realizada e o supermercado aberto? Qual a diferença de um evento com todos os cuidados e o shopping aberto?", questionou. "Nós queremos trabalhar, e hoje estamos sem essa possibilidade", finalizou.

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