Após assumir o Governo do estado de Santa Catarina na última semana, Eduardo Pinho Moreira anunciou, em coletiva ontem algumas medidas para reduzir gastos estaduais. No discurso de Pinho Moreira o que mais chamou a atenção foi a desativação de 15 Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) e quatro Secretarias Executivas do Governo do Estado.
Hoje, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, o governador explicou a decisão. “Nós vivemos um ano atípico. É um ano eleitoral. A partir de maio, todas as despesas devem ter recursos em caixa. O que temos que fazer é diminuir despesas. Antes as secretarias tinham objetivos, hoje eu não conheço a metade dos secretários. Era necessário que isso mudasse, precisamos economizar. Uma demonstração emblemática para a população catarinense é que eu vou cortar em outras áreas”, revelou.
Pinho Moreira foi questionado se a desativação não poderia causar desavenças dentro da sua sigla, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), mas segundo ele os demais membros compreenderam sua decisão.
“Todos estão conscientes do que estou falando. Conversei com a minha bancada e houve uma modificação, eles entenderam que era necessário diminuir. As pessoas precisam entender que precisamos acompanhar as mudanças. Temos que dar prioridade para as ações que dão conforto público. O tempo é curto, por isso fiz mudanças de forma rápida”, esclareceu.
O governador revelou ainda que tem conversado com outros poderes sobre a economia estadual. “Ontem conversei com o presidente do Tribunal de Justiça. Em 2018 vamos poder gastar o que gastamos em 2017 acrescido da inflação. Depois os poderes terão que devolver no fim do ano um percentual. O que eu pretendo é que eles devolvam mês a mês para o pagamento das dívidas com a saúde. A dívida da saúde não é da Secretaria da Saúde, é do tesouro do Estado. É preciso equacionar para resolver essa situação”, explicou.
Segurança
Moreira contou que ontem à noite se reuniu com o secretário de Segurança Pública. “Eles estavam destinando R$ 41 milhões para construção de um prédio, sendo que tinha um prédio vazio. Então destinamos esses R$ 41 milhões para a compra de viaturas da polícia”, esclareceu.
Obras
Pinho Moreira falou ainda sobre a obra de pavimentação da Serra do Faxinal, que divide Santa Catarina e Rio Grande do Sul: “É aquele velho problema: uma empresa que desistiu, outra que quer assumir. São questões burocráticas e legais. A obra da Serra do Faxinal é impressionante, tem que terminar”.
Já sobre o fim das obras da maternidade do Hospital Materno-Infantil Santa Catarina, o governador preferiu não fazer promessas. “O Acélio está desenvolvendo isso e no mês de março quero ver o que fazer. Eu não quero prometer nada porque fica uma expectativa que pode não se concretizar”, esclareceu.