O lateral Marlon possui duas passagens pelo Criciúma. A primeira em 2012, quando o Criciúma conseguiu o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Agora, depois da sua volta, o momento é totalmente diferente. O Tigre briga para fugir da zona de rebaixamento. Precisa da vitória diante do já rebaixado Sampaio Corrêa no Estádio Heriberto Hülse para carimbar a vaga na Segunda Divisão do ano que vem sem necessitar de resultados paralelos. Só que, mesmo fazendo parte do elenco tricolor naquele 2012 inesquecível, o lateral não quer reviver um momento que ainda recorda daquela ano.
O Tigre era o líder da Série B de 2012. Ainda não estava garantido na elite do futebol brasileiro e buscava o título da competição. No dia 10 de outubro, também no Majestoso, o Criciúma recebeu o Barueri, lanterna do campeonato, e tomou um banho de água fria na esperança de levantar a taça. O tricolor perdeu pelo placar de 4 a 3 e o lateral traça um paralelo daquela partida com o jogo de sábado.
“É um jogo de inteligência. Até eu estava lembrando o jogo de 2012 quando jogou nós e o Barueri. Nós falamos para entrar atento e no começo do jogo já tomamos 4 a 0 rápido. Jogo para ter inteligência, dobrar as atenções para que a gente não seja surpreendido dentro de casa”, pediu o lateral.
A voz do capitão
Com Luiz lesionado, a braçadeira de capitão foi para o braço de Marlon. No treino antes da partida do Vila Nova, ele teve uma boa e longa conversa ao pé do ouvido do Mazola Júnior. O que, na visão do atleta, surtiu o efeito esperado. “Sabemos que estamos devendo e ele procurou passar isso para mim e eu repassar para meus colegas. Os jogadores assimilaram isso no jogo contra o Vila Nova e foi isso. Conseguimos um resultado importante lá, que era não perder o jogo. Agora temos outra decisão e esperamos conseguir o resultado e deixar o Criciúma na Série B”, acrescentou.
Além de estar oito jogos sem vencer, o tricolor carvoeiro também vem com um jejum de vitórias dentro do Majestoso. A última vez que conquistou os três pontos jogando em casa foi na vitória em 3 a 2 sobre o Avaí, no dia 15 de setembro. De lá para cá foram três empates - Oeste, Goias e CRB - e uma derrota – para o Brasil de Pelotas.
Com a obrigação de vencer, Marlon aponta que o Criciúma precisa voltar a ter o empenho que teve em seu melhor momento na Série B deste ano, quando ficou sete jogos sem perder. “Acho que faltou a pegada que tivemos no jogo diante do Vila Nova. Todo mundo se ajudando, todo mundo marcando, querendo, e graças a Deus as coisas aconteceram. Então a gente vai procurar desenvolver da melhor maneira possível o que a gente vem fazendo dentro de casa. Para a gente possa conseguir uma vitória diante do Sampaio Corrêa”, afirmou.