A construção civil de Criciúma teve alta em 2017, na contramão do país, onde o setor amargou uma das piores crises da história. O setor é um dos últimos a apresentar crescimento, por outro lado, demora a sentir perdas. Os alvarás de execução servem como indicadores de sucesso, como explica o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Criciúma (Sinduscon), Olvacir Fontana.
“É um indicador que mostra o apetite das empresas. O alvará é um indicador, a gente espera que esse ano seja retomado o crescimento, já sinalizou no segundo semestre (de 2017). Acredito que seja um ano dos estoque prontos”, afirmou.
Fontana acredita que a produtividade está aumentando e espera que as empresas voltem a realizar contratações em breve. O objetivo para o ano é crescer acima da média nacional. Segundo ele, a construção civil é um dos setores mais importantes para o desenvolvimento do país.
“É o último a voltar a crescer e gerar empregos, mas também é o último da cadeia produtiva. A gente espera que o Governo faça a sua parte, hoje aproximadamente 45% do PIB vai para sua mão, e investem mal”, analisou.
A região de Criciúma tem equilíbrio no setor de construção civil, sendo um ponto positivo. Para o presidente do Sinduscon, o crescimento do setor beneficia produtores de fios, de tijolos e de outros materiais utilizados nas obras. O Governo Federal tem contribuído com o Programa Minha Casa Minha Vida, que já beneficiou milhões de famílias.
“É um programa bom e importante. As pessoas que dependiam do aluguel tem uma qualidade de vida melhor, um endereço, e sua conta de energia e água. O Governo tem atuado nesse setor e alavancado nosso setor”, disse Fontana.
A reforma trabalhista também entrou em pauta. Para o empresário, a burocracia prejudica o Brasil, que deixa de produzir tanto quanto outros países, como os Estados Unidos.
“Essa reforma trabalhista foi muito pequena e simples, acreditamos que devia ser ampliada. Mas já trouxe benefícios, facilitando para quem contrata e o contratado. O caminho deve ser simples”, concluiu.