O democrata Joe Biden foi eleito na última semana o próximo presidente da maior economia mundial, os Estados Unidos. Santa Catarina conta com diversas parcerias e negócios na exportação de produtos para o país norte americano. A avaliação que a Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) faz é de que a eleição de Biden promove uma série de benefícios para o estado catarinense.
Santa Catarina já conta com exportações de diversos setores industriais para os EUA. “Não tem um impacto direto e imediato, pois já temos nos Estados Unidos um mercado bastante ativo e trabalhado pelos produtores catarinenses. Os nossos principais mercados oscilam entre China e Estados Unidos como principal destino de exportação”, explicou a Presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Tereza Bustamante, ao programa Adelor Lessa na manhã desta terça-feira, 10, na Rádio Som Maior.
Conforme a presidente, a eleição de Biden traz uma série de benefícios a médio e longo prazo. “Isso ocorre porque particularmente porque, Biden defende a retomada do multilateralismo, que significa a negociação mais ampla, envolvendo mais países. Além de ele também defender um resgate nos trabalhos na organização mundial de comércio. Já faz três anos que ela está paralisada, pois o Trump negou a continuidade pelos Estados Unidos”, comentou.
Segundo Maria Tereza, a proposta de Biden de ser muito mais aberto para o diálogo, será benéfica para o estado.
Produtos catarinenses nos Estados Unidos
Santa Catarina conta com a exportação de diversos setores produtivos para os Estados Unidos. Entre os produtos, estão móveis, madeira, alimentos, carne e grãos. “Temos uma matriz mais diversificada que a da China. A China está mais voltada para grãos e carnes. Nos temos produtos industrializados como móveis e madeiras, também com dispositivos tecnológicos. Além de produtos alimentícios, carnes, grãos e têxtil”, afirmou.
Além disso, desde o início da pandemia a Fiesc trabalha para oferecer mais insumos catarinenses para os EUA, fazendo com que eles optem pelo produto de Santa Catarina do que o asiático. “Estamos trabalhando em uma matriz de fornecimento de insumo catarinense para o metal americano, tentando oferecer um equilíbrio, reduzindo também para eles a importação de insumos asiáticos”, disse.
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