Pai de três filhos, Romeu Helcio Duarte já passou por muita coisa, mas nada o fez desistir de nenhum deles. Seu primeiro filho sofreu um acidente com três meses de vida, em que rompeu a quarta vértebra e ficou paraplégico. O menino estava no carro com o tio, e o veículo colidiu com um trem no bairro Rio Maina, em Criciúma.
Quando a criança tinha quatro anos, a esposa de Romeu morreu de leucemia. “A maior dificuldade para mim foi entender que meu filho ia ficar preso em uma cadeira de rodas para sempre. E escutar ele perguntar ‘pai quando eu andar, me dá uma bicicleta?’… Isso me entristecia muito”, lamenta o pai. Aos 30 anos, seu filho também faleceu.
“A maior dificuldade para mim foi entender que meu filho ia ficar preso em uma cadeira de rodas para sempre. E escutar ele perguntar ‘pai quando eu andar, me dá uma bicicleta?’… Isso me entristecia muito”, lamenta Romeu.
Mas Romeu se casou novamente e teve mais duas filhas que criou com muito amor e carinho. Mesmo depois de perder duas das pessoas mais importantes da sua vida, a então atual esposa dele o deixou com as duas pequenas. Aos seis e 15 anos, ele cuidou delas e fez tudo o que estava ao seu alcance para assegurar que tivessem tudo, mesmo sem uma mãe presente. Fez muito mais que sua função de pai, cumpriu o papel de mãe também.
“Criei as duas, sempre trabalhei, dei de tudo pra elas, saúde, educação… Hoje elas estão moças, a mais velha casada e a outra fazendo faculdade”, diz o pai orgulhoso. “A mais velha, na verdade, foi uma guerreira. Cuidou da irmã como se fosse mãe, e cuida até hoje. Eu ficava triste de elas não terem uma mãe presente, mas, graças a Deus, sempre dei do bom e do melhor para elas”, concluiu.