Dos hotéis às companhias aéreas, praticamente todo o segmento de turismo do mundo vem sofrendo gravemente por conta da pandemia do novo coronavírus. A falta de demanda por parte dos viajantes e as restrições impostas em alguns países fazem com que as empresas tenham que se adaptar ao processo, mudando horários de voos e quadro de funcionários.
No Brasil, a TAM pasou de 4.700 voos diários para somente 25 - estes, ainda sem lotação. A redução de quase 95% das atividades fez com que a companhia tivesse que readaptar toda a sua malha aérea. Além disso, o cancelamento de voos por parte dos viajantes tem feito com que, no Brasil, as empresas tivessem que recorrer a uma medida provisória deferida pelo Governo Federal.
“Se todo mundo decidisse solicitar o cancelamento de uma hora para outra, as empresas quebrarem. Então, nesses casos, as empresas contam com uma MP que as protege e prevê que as companhias e empresas de turismo possam devolver o valor integral pago pelo cliente em até 12 meses, caso o motivo seja a pandemia”, disse o diretor da Linktur Turismo, Marcelo Zarur.
Há também a opção daqueles que não necessariamente querem cancelar a viagem, mas sim remarcá-la para uma data posterior. “Essa remarcação para até um ano pode ocorrer sem que o viajante conte com qualquer ônus, assim como o cancelamento”, disse Marcelo.
Apesar da grande quantidade de voos desmarcados, segundo Marcelo, um dos empecilhos mais grandes para o segmento de turismo são as restrições dos países. “Nos EUA, por exemplo, pararam de receber viajantes de fora. A Inglaterra determinou que todos que entrem lá fiquem 14 dias em quarentena. Esses dois seriam gargalos maiores até do que as outras limitações que o setor vem sofrendo”, pontuou.