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Os impactos do coronavírus na economia regional é pauta do 60 Minutos

Setor industrial pode sofrer com a falta de insumos, assim como o agronegócio

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 03/03/2020 - 14:59 Atualizado em 03/03/2020 - 15:04
Foto: Vitor Netto
Foto: Vitor Netto

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Foi tema do Programa 60 Minutos da Rádio Som Maior, nesta terça-feira, 3, os impactos do coronavírus para a economia estadual e regional. A China, país que deu origem e o mais afetado pela epidemia, sofre com a queda de produção, com muitas fábricas fechadas. O país asiático é o maior parceiro comercial de Santa Catarina, tanto na exportação quanto importação, enquanto na Amrec a dependência é muito maior no setor de importações.

Muitas das indústrias do Estado poderão ser afetadas nos próximos meses, quando poderá faltar insumos para a produção.  Segundo a gerente do Observatório da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Eliza Coral, ainda não houve grande impacto pela crise de saúde na China.

"As compras que chegaram agora (da China) já haviam sido feitas no fim do ano passado. Devemos ter um impacto agora nos próximos três meses, principalmente na energia, tecnologia da informação e comunicação e têxtil. São setores que importam insumos da China para a sua produção. Na China muitas fábricas pararam de produzir e deve ter reflexo nos próximos três meses", apontou.

Professor de economia da Unesc, Thiago Rocha Fabris explica que na região alguns setores podem se beneficiar com a falta de importação dos produtos chineses.

"A resposta do comércio é mais lenta. Alguns setores, se isso se postergar, podem se beneficiar, aqueles que substituem os produtos importados utilizados para insumo. Setores que antes estavam desaquecidos podem, dependendo do tamanho e do impacto do coronavirus, ser beneficiados. Isso também acaba passado para o preço e quem paga a conta é o consumidor", explica.

Na região, a China é muito mais vista como um país vendedor do que comprador. "Nos municípios da Amrec, para onde mais exportamos é Estados Unidos, Argentina e depois a China. Agora quando falamos de importação, aí sim é a China, seguido da Espanha e a Itália", acrescenta o professor.

Outro setor que pode sofrer os impactos dos problemas chineses é o agronegócio. Quem explicou a situação foi o presidente da Cooperja, Vanir Zanatta. "Tudo o que acontece na China afeta todo o mundo. Na área agrícola, o mundo todo consome o fertilizante, 35% sai da China. Então está tendo problemas. Toda a logística da China está difícil. O fertilizante está mais caro, um aumento de 5%, apenas nesse insumo", diz Zanatta.

Assim como na área das indústrias, os impactos podem ser sentidos nos próximos meses. "Pra mexer num navio, comprar hoje e chegar no Brasil, demora 120 dias. Se continuar assim em março e abril, não adianta mais pedir, porque vai passar a safra", concluiu. 

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