A maioria deles entra com expectativa de vitória. Os com mandato, mais ainda. Mas o tenso domingo para os candidatos a deputado só tem dois finais: o feliz ou o triste. Não há meio termo, certo? Bem, nesse ambiente instável da política, até pode haver, mas a contabilidade das urnas é objetiva e, por vezes, cruel.
Para os do Sul, há os oito deputados estaduais que comemoram. Mas também há tantos outros que ainda devem lamentar os votos que faltaram. É a ra- diografia das urnas que faz elencar uma conta de titulares não reeleitos, de promessas que bateram na trave e de tantos outros que faltaram votos mesmo.
Na busca por uma das 40 cadeiras na Assembleia Legislativa, o MDB do Sul conseguiu dar o seu recado. Colocou três – Volnei Weber, Luiz Fernando Vampiro e Ada De Luca – entre os 11 da bancada composta na coligação com o PSDB. E vem dos tucanos o suplente do Sul nesse grupo. Dóia Guglielmi, que já bateu na trave na legislatura anterior, é o quarto suplente, com seus 29,5 mil votos. Ficou a quase cinco mil votos do último eleito da coligação, o deputado reeleito Romildo Titon, do MDB.
A aliança de PSD, PP e PSC conquistou nove cadeiras na Alesc, entre os quais os sulistas Julio Garcia e Zé Milton Scheffer. Na suplência, gente conhecida. O delegado Ulisses Gabriel, em sua primeira experiência nas urnas, foi o melhor colocado. É terceiro suplente, com 28,1 mil votos, tendo ficado a 2,3 mil votos do último eleito, o deputado Altair Silva, do PP. Outro pessedista do Sul não eleito é o ex-prefeito do Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini. Com seus 16,5 mil votos, ele é décimo suplente da coligação.
No PP, caiu o deputado Comin
Entre os progressistas, destaque para a queda do deputado Valmir Comin. Depois de seis mandatos, ele somou 22,5 mil votos e está na oitava suplência da bancada. Antes dele aparece o ex-vice-prefeito de Tubarão Pepê Collaço, que alcançou 24,9 mil votos. É o sexto suplente. O ex-prefeito Lei Alexandre, de Forquilhinha, fez 11,7 mil votos e terminou na 13ª suplência da chapa.
Do PSL, que estreará na Alesc com seis cadeiras, as novidades do Sul foram Felipe Estevão, de Laguna, com 47,3 mil votos, e Jessé Lopes, de Criciúma, que somou 31,5 mil votos. Do Sul, há o terceiro suplente, Rodrigo Turatti, de Araranguá, com 17,5 mil votos.
O PT elegeu quatro deputados estaduais. Nenhum do Sul. Os petistas da região ficaram distantes da vitória. O ex-prefeito Olavio Falchetti, de Tubarão, será oitavo suplente com seus 7,3 mil votos. O vereador Lauro Nogueira, de Içara, alcançou cinco mil, ficando na nona suplência.
Salvaro virou primeiro suplente
Mais sofrida é a situação do deputado Cleiton Salvaro. Em busca do segundo mandato, ele mais que dobrou os 14,9 mil votos conquistados em 2014, somando 30,1 mil. Foi o mais votado entre os não eleitos do Sul. A legenda cresceu, a coligação com o PRB rendeu quatro cadeiras e Salvaro terminou na primeira suplência. Ficou a 2,3 mil votos de se reeleger.
A coligação liderada pelo PR elegeu três deputados e tem a ex-vereadora Tati Teixeira, de Criciúma, na suplência. Ela fez 11,2 mil votos, é a quarta na lista de espera da bancada, 15,1 mil votos atrás do eleito menos votado, o deputado Maurício Eskudlark. Tati disputou a vaga pelo PPS. Outra candidata que concorreu por Criciúma foi a professora Lisiane Tuon, do Democratas. Ela somou cinco mil votos e será a quinta suplente da bancada de um deputado só, liderada pelo recém-eleito Ivan Naatz, do PV, que fez 14,6 mil votos.