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Já faz algumas semanas que o Hospital São José, de Criciúma, se mantém diariamente com 100% de seus leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento da Covid-19 ocupados. A máxima ocupação é reflexo de um aumento gigantesco de casos não somente em Criciúma e toda a região sul, como em Santa Catarina de uma forma geral.
“Nós ainda temos leitos disponíveis para internação clínica. O que acontece já há algumas semanas é que a ocupação da UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) se mantém em 100%. Há a saída de pacientes, mas sempre temos uma demanda externa para ser acolhida na mesma hora”, declarou o diretor técnico do hospital, Raphael Elias de Farias.
O hospital conta com 65 leitos e, apesar da ocupação máxima, não há nenhum paciente dentro do São José aguardando por um leito de UTI. Segundo Raphael, a demanda vem de forma maior da região macro sul, comandada pela central de regulação do estado que avalia os leitos que estão disponíveis e encaminham pacientes que estavam na fila.
Raphael atenta ainda para a grande quantidade de casos diários que estão sendo registrados em Criciúma. A média de novos casos se mantém acima dos 200 nos últimos dias, o que preocupa as autoridades, já que uma parte desses positivados acabam sendo internados em clínica e uma outra parte, um pouco menor, vai para UTI.
“Como os novos casos não estão diminuindo, a curva ainda está sendo sustentada com casos ativos, e isso nos preocupa por haver a necessidade de mais leitos que não giram. Pacientes ficam em torno de 15 dias, em média, em permanência em uma UTI. A curva não está caindo ainda”, pontuou.
O São José teve que cancelar as cirurgias eletivas e remanejar trabalhadores de outras áreas do hospital para conseguir dar conta dos atendimentos para Covid-19. Ainda sim, o hospital conta com 30 vagas abertas para técnicos em enfermagem.
