O setor industrial catarinense vem se recuperando economicamente aos poucos, em plena pandemia do novo coronavírus. Diversos setores tiveram um incremento considerável em suas demandas mas, em contrapartida, uma série de insumos estão em falta no mercado. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, a pandemia de Covid-19 provocou uma desorganização do mercado fornecedor.
“Essa desorganização do setor produtivo é o que causou esse gap que tem no fornecimento de alguns insumos, e que o mercado vai demorar algum tempo ainda para se adaptar. Esperamos que logo alguns produtos tenham resolvido a questão do fornecimento, mas segundo alguns especialistas, a parte de aço pode levar até seis meses para atender a demanda necessária do país”, pontuou o presidente.
O aço é um dos, senão o principal, insumo em falta no mercado brasileiro. Necessário em praticamente todos os setores industriais, desde a construção civil até a produção de lacres, o insumo acaba sendo um caso à parte, já que somente a ligação dos fornos para sua produção pode levar meses.
Apesar disso, o material não é o único em falta. Papelão e alguns produtos químicos também compõem esse grupo. Segundo Cezar, a desorganização do setor produtivo juntamente com um grande incremento de consumo é o que vem causando esse desabastecimento.
“Tudo isso tem que se organizar no mais breve possível espaço de tempo, mas o aço com certeza será um dos mais demorados para se ter a recuperação”, pontuou.
Situação econômica de SC
Depois do baque sentido nos primeiros meses de pandemia, a economia catarinense vem se recuperando. A diversidade de econômica de Santa Catarina foi um dos fatores essenciais nessa recuperação, já que não são todos os setores que estão retornando ao bom funcionamento.
“Setores como o agronegócio e a construção civil tiveram incrementos logo no início da pandemia. As informações que temos da Secretaria da Fazenda é de que o consumo está bastante elevado e que o estado tem recuperado muito a receita nos últimos meses, ultrapassando o mesmo período do ano anterior. Esperamos que SC tenha uma perda muito pequena do PIB, mas temos a esperança também de que haja até mesmo uma recuperação”, afirmou.